sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Psicologia e Cinema.



ASSUNTO

Auto-suporte, relações afetivas, Transtorno compulsivo.

Este longa exprime, mesmo que, em forma de comédia, um alerta sobre os cuidados que devemos ter dentro de uma sociedade tão consumista, principalmente a norte-americana.Becky Bloom é uma heroína às avessas. Cheia de falhas, fútil, mentirosa, insegura, consumista ao excesso, gasta mais do que ganha, dá foras enormes, não consegue entender muito bem os desejos e anseios dos outros, a menos que digam respeito a ela mesma. Apesar da ser previsível, o filme tem ótimos momentos para quem procura diversão leve e descompromissada. Como na cena em que o pai de Becky, vivido por John Goodman, tenta consolar a filha: "Se a economia americana pode ter bilhões em dívidas, você também pode, e vai sobreviver". Ou como quando a jornalista procura um grupo de auto-ajuda para consumidores compulsivos e deixa os membros ainda mais sedentos para usarem seus cartões de plástico. O filme fala justamente desse excesso. O foco não é moda, apesar da profusão de marcas desejadas, mas como o exagero em comprar atrapalha imensamente a vida de alguém. Afinal, a gente precisa de tanto? Ou deseja realmente tanta coisa?



A compulsão por compras pode ser considerada como transtorno grave, quando apresentada de forma severa, então chamada ONIOMANIA, registrada no DSM-IV como doença mental. Entretanto, oneomania é um distúrbio bastante controverso do ponto de vista psiquiátrico e psicológico, sendo discutida em diversas publicações na busca de nova categorização do tipo de transtorno.


Sem desconsiderar o olhar psiquiátrico para a doença, nós psicológos consideramos a compulsão como uma busca de satisfação de uma situação inacabada. Portanto, olhamos a pessoa e não a doença. Nos casos mais graves trabalhamos em parceria com a psiquiatria, sendo que o nosso olhar permanece voltado para dar suporte ao cliente, durante o processo de atualização de suas necessidades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário