terça-feira, 31 de maio de 2011

As Diferentes Áreas de Estudo em Psicologia

Psicologia é o estudo do funcionamento interno da mente humana. É uma ciência complexa. Embora tipicamente o campo da psicologia seja frequentemente associado a certos estereótipos, como loucos trancados em sessões de terapia e enfermarias mentais, o campo de ação é realmente muito maior que isso.


Vamos dar uma rápida olhada nas diferentes áreas que você pode estudar em psicologia. Esta introdução lhe dará uma boa ideia do que você pode esperar, se você escolher uma carreira nesta área.

Diversificação de Campos
 
Com várias áreas de estudo dentro da psicologia, tais como clínica, aconselhamento, social, biofísica, industrial, cognitiva, é evidente que uma carreira promissora poderia ser esperada pelo estudante. Embora permaneçam sob a égide da psicologia, todos estes ramos têm seus próprios pequenos nichos que, juntos, formam um campo de estudo muito sedutor.


Psicologia clínica e a orientação do foco da psicologia são realmente dois tipos do mesmo assunto e, de certa forma, oferecem qualidades intercambiáveis. Ambos lidam com o enfoque terapêutico da psicologia.

A psicologia clínica é geralmente centrada em torno de ambientes hospitalares e mais um tipo de psicologia que lida com distúrbios mentais, como a depressão, etc. O aspecto de aconselhamento é bastante auto explicativo. Os terapeutas oferecem um aconselhamento familiar para resolver problemas

A Psicologia social, se concentra na interação de pessoas em condições especiais e em grupos. Em resumo, ele examina a maneira como as pessoas interagem umas com as outras. Destaca a lógica por trás daqueles que podem estar com falta de capacidade na comunicação em grupo. O estudo da psicologia social, seria melhor aplicado aos grandes grupos que podem ter dificuldade em lidar com o outro também.

A adaptação da Psicologia industrial é algo que você seria testemunha em um ambiente de trabalho.

São atribuídos psicólogos para ajudar as grandes empresas e escritórios de empresas com problemas que os funcionários podem ter. Com o esforço contínuo de trabalho, família e finanças, bem como as relações que desempenham um papel importante na vida de tantas pessoas, o domínio industrial da psicologia é uma grande ajuda que é oferecida pelos empregadores a seus empregados.


A Biofísica pertence à psicologia para todas as coisas boas que fazem com que o cérebro tenha o papel que necessita. Todos os produtos químicos, todas as reações, toda a conciliação dessas coisas é o foco da psicologia biofísica. Muitas condições na psicologia são frequentemente relacionadas com algum tipo de problema biofísico, e é por isso que existem os medicamentos prescritos, que podem ajudar a facilitar a mistura das substâncias químicas no cérebro. Esta área é de uma maior participação, pois ela se relacionará com medicamentos, e a maneira que eles, positiva e negativamente fazem reagir com o cérebro.


A Verdadeira Psicologia
 
Psicologia é mais do que apenas uma sessão de terapia. Cobre uma multidão de diferentes áreas, e, aparentemente, oferece uma vasta gama de opções de carreiras para seus alunos. Ajudar os outros é um bom motivador para o próprio campo, mas a recompensa de aprender o funcionamento interno da mente humana é uma grande felicidade também.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Psicologia e Cinema.

SINOPSE


Rafi é uma mulher recém-divorciada, ainda traumatizada pelo fracasso de seu relacionamento. Ela acaba se apaixonando por um pintor 15 anos mais novo que ela. O filme mostra o ponto de vista não somente do casal envolvido, mas das pessoas que o cercam, mostrando todas as conseqüências sociais quando duas pessoas se apaixonam.

 
ASSUNTO

Relação terapêutica, Relacionamento casal, Relações afetivas, Psicoterapia

No filme Terapia do Amor, Meryl Streep interpreta o papel de uma psicoterapeuta e Uma Thurman representa o de paciente.


O filme em si, na minha opinião, não é particularmente bom, mas levanta um problema ético de difícil resolução e que todos nós, (futuros)psicoterapeutas, corremos o risco de ter que enfrentar em algum momento do nosso percurso profissional.

A paciente apaixona-se e envolve-se com o filho da psicoterapeuta sem ter consciência desta relação de parentesco. O conflito psicológico e ético em que esta situação coloca a psicoterapeuta (dado que é ela quem percebe em primeiro lugar que o filho é o namorado da paciente) é bastante bem retratado no filme, se bem que não a um nível muito profundo.

A decisão da psicoterapeuta de continuar a seguir a paciente sem lhe dizer que o namorado dela é o seu filho é, para muitos, no mínimo, questionável; contudo a decisão inversa, a de contar de imediato à paciente que a pessoa por quem ela se está a apaixonar é o seu filho, também seria igualmente questionável. Este não é um problema de fácil solução e qualquer que seja a posição do psicoterapeuta, esta pode ser defendida e atacada.

No filme a psicoterapeuta opta, até a um certo ponto da história, por não dizer nada à paciente e tenta esforçar-se por pensar e viver aquela situação como se não se tratasse do seu filho, mas de qualquer outro rapaz. Tenta, num certo sentido, manter uma posição profissional, não querendo prejudicar a paciente por aquilo que lhe parece, na altura, uma situação passageira e sem futuro. Ao longo das sessões podemos observar o profundo incómodo da psicoterapeuta com o relato minucioso e íntimo da vida do casal e a necessidade que tem de recorrer ela própria a um psicoterapeuta para tentar lidar com a situação que está a viver.

Quando a psicoterapeuta percebe que a relação entre o casal é mais intensa e duradoura do que estava à espera e, simultaneamente, pressionada pelo tumulto interno que as revelações da paciente geram em si e temerosa de poder estar a prejudicar a paciente e “futura nora”, resolve contar-lhe que é a mãe do seu namorado. Esta revelação põe um ponto final à psicoterapia e abre espaço para que as duas mulheres passem a ter uma relação privada, a qual, no entanto, contínua contaminada pela relação anterior. O filme não trabalha muito esta parte relativa às consequências da contaminação da relação psicoterapêutica anterior na relação actual.

No fundo, o problema que o filme coloca é o de saber o que fazer quando no decurso de uma psicoterapia o nosso paciente passa a relacionar-se de forma íntima com alguém que também faz parte do nosso círculo pessoal. Devemos ou não revelar ao paciente o nosso laço particular com a pessoa envolvida.

Na minha opinião, a decisão da psicoterapeuta do filme foi a mais correcta. Isto é, não se precipita a revelar de imediato a ligação, tentando simultaneamente perceber o momento em que a retenção dessa informação causa modificações na forma como conduz a psicoterapia.

Quando a psicoterapeuta percebe que o frágil equilíbrio entre o benefício e o prejuízo se inclina no sentido de ser prejudicial para ambos (psicoterapeuta e paciente) deve, na minha opinião, revelar e dar por terminada a psicoterapia, por não existirem condições adequadas para a realização da mesma.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fenômenos

Hoje vamos falar um pouco sobre os fenômenos que ocorrem na hipnose.

Hipersugestionabilidade
A sugestionabilidade é a capacidade de responder a idéias sem
antes verificá-las. É uma função normal da personalidade saudável e
está presente em todas as pessoas em maior ou menor grau. É
grandemente amplificada com o estabelecimento do rapport.
É o fenômeno primordial da hipnose, onde se baseiam todos os
outros.

Catalepsia

Sensação de peso e imobilidade que acompanha todos os níveis do
transe.

A catalepsia das pálpebras, onde ocorre grande dificuldade ou
mesmo impossibilidade de abri-las é um recurso muito utilizado para
apresentar ao paciente que algo interessante e diferente está realmente
acontecendo.

Amnésia

Da mesma forma que muitas vezes esquecemos os sonhos, pode
acontecer amnésia para os eventos ocorridos durante o período do
transe. Essa amnésia pode ser sugerida com objetivos terapêuticos,
como aumentar a efetividade de uma sugestão pós-hipnótica ou
proteger o paciente de uma emoção desagradável, ou pode ser
espontânea.

A apresentação deste fenômeno é muito variada. Alguns pacientes
lembram a experiência em detalhes logo após, vindo a esquecê-los
completamente depois. Outros despertam sem lembrar, e essas
lembranças vão aparecendo em tempo variável. Outros ainda
permanecem sem lembrar.

A capacidade de desenvolver amnésia é um divisor de águas entre
as etapas mais superficiais e as mais profundas da hipnose.

Em shows de hipnotismo, essa habilidade é explorada em

brincadeiras onde a pessoa não consegue lembrar números, o próprio
nome ou o nome de amigos que comecem com “p”, por exemplo.
Em situações terapêuticas, o paciente pode ser ensinado a
“esquecer” velhos hábitos ou sintomas incômodos.
Como todos os outros fenômenos da hipnose, é uma variação
controlada de coisas que você já faz acordado, como esquecer
compromissos, datas, onde estão as chaves do carro ou como aquele
nome que está “na ponta da língua”.

Analgesia e Anestesia

O estado hipnótico de “per si” já se caracteriza por aumento do
limiar de percepção de dor, e tal pode ser amplificado com sugestões
de forma a produzir anestesia de determinada região do corpo, até
mesmo com finalidades cirúrgicas. Este item, por também ser uma
aplicação da hipnose, será discutido mais extensamente em outra parte
deste texto.

Labilidade dos processos mediados pelo Sistema Nervoso Autônomo

O organismo de um paciente em transe pode responder a uma
situação sugerida da mesma forma que à situação real, em certos
indivíduos.

Sugerir a uma pessoa em hipnose que ela se encontra sedenta, no
deserto sob um sol escaldante, freqüentemente a faria transpirar e ficar
com a boca seca. Sugerir que está aplicando gelo em uma determinada
parte do corpo pode produzir vasoconstrição e deixar a região pálida e
fria.

As funções orgânicas controladas pelo sistema nervoso autônomo
não respondem à nossa vontade, mas podem responder à imaginação,
às emoções e a estímulos internos ou do ambiente.
Entre essas funções estão: a salivação, o diâmetro pupilar, o tônus
muscular, o tônus dos vasos sanguíneos, a freqüência cardíaca, a
pressão arterial, o movimento e as secreções do aparelho digestivo, a
ereção peniana, a regulação dos eixos endócrinos pelo hipotálamo,

ações sobre o sistema imunológico e ainda outros.

Na verdade, o único tecido do organismo que responde à nossa
vontade é a musculatura estriada esquelética, relacionada aos
movimentos. E ainda assim, para cada movimento voluntário, estão
ocorrendo muitos outros tantos completamente inconscientes, como
para manter a postura, por exemplo.

Visualização Cênica


É a habilidade de perceber na mente imagens como se estas
tivessem sido percebidas pelos olhos. É possível o envolvimento de
outros sentidos, e o paciente criar em sua mente vivências cheias de
detalhes, como sons, perfumes e sensações táteis.

Hipermnésia

O estado hipnótico é um facilitador dos processos de memória. Há
experimentos demonstrando um aumento extraordinário da capacidade
de memorização durante o transe, tanto para textos, datas ou imagens.
Também é freqüente o paciente lembrar-se de eventos ocorridos há
muito tempo, às vezes com detalhes que sequer ocuparam sua atenção
no momento. Em Hipnose Forense os sujeitos são levados a lembrar
placas de carros, descrição detalhada de agressores ou horários exatos
de acontecimentos.
Pode ser associada à visualização cênica criando experiências
impressionantes.

Sinal Hipnógeno ou Signo-sinal

O paciente que recebeu treinamento em hipnose pode ser ensinado
a entrar em transe rapidamente em oportunidades futuras. Tal
condicionamento é extremamente útil para aproveitar melhor o tempo
das sessões terapêuticas.

Mediante a apresentação de certas “pistas” anteriormente
programadas, que podem ser “palavras-chave”, toques, ou situações
específicas, o paciente pode entrar imediatamente em transe hipnótico.

Distorção Temporal


Mesmo acordados, a percepção do tempo é variável. Os minutos se
arrastam ao final do expediente. E como passam rápido as horas
alegres.

O mais comum é que a longa sessão de hipnose passe voando para
o paciente. Mas pode acontecer o contrário, ao orientá-lo, por exemplo,
a imaginar um longo passeio no período de poucos minutos. Ou dar-lhe
um tempo pré-determinado, digamos 5 minutos, e sugestionar que é
tempo suficiente para rever em sua mente aquele filme preferido de
hora e meia de duração.

Continua...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Erro nos cálculos adia o fim do mundo para outubro


O evangelista da Califórnia Harold Camping disse ontem que sua profecia sobre o fim do mundo tinha uma defasagem de cinco meses, e afirmou que o Juízo Final chegará na realidade em 21 de outubro, e não em 21 de maio como previsto anteriormente. Camping havia predito que 200 milhões de cristãos seriam levados ao céu no último sábado, antes da destruição da Terra.


Ele afirmou que sentiu-se tão mal quando sua previsão não se tornou realidade que saiu de casa e se refugiou em um motel com a mulher. Sua igreja independente, a Family Radio International, gastou milhões de dólares, muitos deles obtidos com doações de seguidores, em mais de 5 mil cartazes e anúncios sobre o Dia do Juízo Final.

Agora, Camping disse que o Apocalipse será cinco meses mais tarde que 21 de maio, sua data inicial para o fim do mundo. Em 21 de outubro, o mundo deve ser consumido por uma bola de fogo, afirmou. O último sábado foi "um dia invisível do Juízo Final", no qual ocorreu um julgamento espiritual, explicou. "Sempre dissemos que 21 de maio era o dia, mas não compreendemos o significado espiritual", defendeu-se. "O 21 de maio é o dia em que Cristo veio e pôs o mundo sob julgamento".

Não é a primeira vez que o evangelista da rádio cristã teve de explicar o motivo de seus erros. Ele também previu o Apocalipse em 1994, mas na ocasião explicou que houve um erro matemático. Ontem, Camping não conduziu seu programa diário, mas apresentou um comunicado especial à imprensa através de seu escritório. Em 2009, a organização sem fins lucrativos dele, a Family Radio, informou à Receita Federal dos EUA que recebeu US$ 18,3 milhões em doações e tinha bens avaliados em mais de US$ 104 milhões. As informações são da Associated Press.


PS: Please deixem que pelo menos eu termine minha faculdade, e cheguem num acordo. É 21 de outubro de 2011 ou 21 de dezembro de 2012. kkkkkkkk
 
Enquanto isso não acontece, aí vai mais umas charges.
 


terça-feira, 24 de maio de 2011

Pessoas são como músicas.

Algumas, nós gostamos desde o início, outras gostamos depois de um tempo. São feitas para serem ouvidas e compreendidas. Algumas tocam a nossa vida, mas tem uma, aquela mais especial, que é a nossa trilha sonora.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Psicologia e Cinema.

SINOPSE

Os Gromberg são aparentemente a família perfeita, só não são bem-sucedidos quando o assunto é comunicação entre eles. Durante três gerações, eles tocam vidas totalmente separadas e só se encontram em eventos muito ocasionais. E cada um tem de lidar com um problema diferente. Mitchell Gromberg (Kirk Douglas), o patriarca, precisa aceitar que é mortal. O filho mais novo Alex (Michael Douglas) passou a vida atormentado pelo medo de cometer os mesmos erros do pai. Já o primogênito de Alex, Asher (Cameron Douglas), é um adolescente rebelde que tenta preencher sua vida com sexo, drogas e rock'n'roll.

 
ASSUNTO

Traição, luto, reconciliação, Comunicação pais e filhos, relação de casal, relações familiares

Acontece nas Melhores Famílias reúne três gerações da fictícia família Gromberg, com tudo o que as famílias normalmente (e anormalmente também) têm direito: risos, alegrias, choros, brigas, tristezas, rancores, amores. "Você vê os problemas familiares que eles têm, como os problemas se manifestam na interação entre eles e como esses problemas são passados através de três gerações."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

NATUREZA DO ESTADO HIPNÓTICO

Aos olhos do observador, o paciente em transe hipnótico pode

parecer como que adormecido.
Embora possa ocorrer com olhos abertos, o mais freqüente é que os
olhos estejam fechados. Nos estágios iniciais, costumam acontecer
movimentos dos globos oculares que são observados através das
pálpebras fechadas. Outros movimentos involuntários, como
maneirismos na face ou movimentos dos dedos acontecem com
algumas pessoas.

Há uma suavização dos traços de expressão facial, por conta do
relaxamento dos músculos da face.

Se a posição for sentada, é natural que a cabeça penda para a
frente, trazendo o queixo próximo ao peito.

A respiração costuma ser muito lenta e profunda, e também há uma
lentificação da freqüência cardíaca e de pulso e uma redução dos
níveis de pressão arterial.

As extremidades ficam pálidas e frias, assim como a pele do rosto.
Não raro a boca se encontra entreaberta, e o lábio inferior como que
aumentado.

Os membros estão frouxos e relaxados.

Ocorrem muitas variações individuais. Esses são alguns dos sinais
cujo conjunto é denominado por alguns “constelação hipnótica”.
A pessoa em hipnose não se encontra, entretanto, adormecida.
Estudos com aparelhos de eletroencefalograma, que mostram em
um traçado a atividade elétrica das diferentes regiões do cérebro
revelam que o paciente em hipnose produz especialmente ondas alfa,
que são típicas da vigília em relaxamento, ou seja, concentração sem
esforço. A pessoa ocupada com seus afazeres diários costuma produzir
predominantemente ondas beta (freqüência maior). Durante o sono, as
ondas produzidas são theta e delta, de freqüência menor (ou mais

lentas).

Experimentar a hipnose se associa de um modo geral a grande
bem-estar e relaxamento. A pessoa percebe o relaxamento como
sensação de peso e sente que poderia mover-se ou “acordar”, mas não
sem grande esforço, ao qual ela realmente não está disposta no
momento. Permanece ciente dos sons e da atividade do ambiente, e
observa com curiosidade e expectativa suas próprias respostas aos
exercícios que vão sendo propostos. Mantém sua atitude crítica e não
está em hipótese alguma subjugada ou sob o poder do operador.
Permite-se seguir orientações enquanto tal for confortável e de seu
agrado.

Hipnose não significa, portanto, inconsciência.

Ainda há grande confusão envolvendo o termo sonambulismo. Ele
pode ser usado para descrever um distúrbio do sono em que mesmo
dormindo a pessoa age como se estivesse acordada, e embora certos
autores vejam nos sonâmbulos naturais predisposição para o fenômeno
hipnótico, a rigor este sonambulismo não tem absolutamente nada a ver
com hipnose. Já o mesmo termo, por motivos históricos, pode ser
utilizado para descrever um nível muito profundo de hipnose.

Há escalas de profundidade hipnótica, que relacionam níveis ou
graus a fenômenos característicos ou que podem ser desencadeados
neste determinado nível. Tais escalas são controversas e mesmo
contestadas, uma vez que já se sabe que todos os fenômenos
relacionados à hipnose podem acontecer espontaneamente num
contexto ou serem provocados mesmo no paciente acordado.

Em nosso meio, a escala mais utilizada é a de Torres Norry, que
distribui os fenômenos hipnóticos em:

1 Etapa Hipnoidal

2 Etapa Leve

3 Etapa Média

4 Etapa Profunda

5 Etapa Sonambúlica
 
Continua...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Hoje é dia de Charges!

Tudo a ver com os dias de hoje. rs


terça-feira, 17 de maio de 2011

ORAÇÃO DO PSICÓLOGO


Senhor,
Só Você conhece em profundidade a criatura humana
Só Você é verdadeiro psicólogo.
Contudo, Senhor, aceite-me como seu ajudante.
Ensine-me as técnicas, oriente-me para não errar,
E quando eu falhar - sei que isso acontecerá -
venha depressa, Senhor, sanar o mal que fiz.
Dê-me um entranhado amor e respeito
pela criatura humana.
Não permite que a rotina, o cansaço
torne-me frio e indiferente ao outro.
Dê-me bastante humildade para aceitar meus erros,
perdoa as ofensas e ajuda-me a
atribuir os êxitos a Você.
Que no fim de cada dia, ao fazer minha revisão,
eu possa dizer em verdade:
Hoje fiz tudo quando dependeu de mim para
ajudar ao meu irmão.
Obrigado, Senhor!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

SINOPSE

“O psicólogo”, protagonizado pelo sempre brilhante Kevin Spacey, parte do princípio de que algumas vezes o mundo é mesmo pequeno, e logo no início são apresentados os personagens que pouco a pouco estarão mudando o rumo das vidas uns dos outros. O Dr. Henry Carter é um conhecido psicólogo de celebridades em Hollywood, lugar onde cresceu e se estabeleceu. Ele é o autor de alguns best-sellers, incluindo um livro sobre a felicidade, que agora está gravando como um audiobook. Neste livro de sucesso, Carter oferece, por assim dizer, a sua receita de felicidade. Entretanto, ele nos é apresentado de uma forma bastante incômoda, pois tem vivido sob o signo do suicídio da esposa. Embora tenha uma rica e confortável residência, cheio de conflitos em sua vida particular, ele não dorme em sua antiga e bonita cama de casal; uma cena comum é a dele esticado em algum sofá, cadeira, divã, etc. Apesar de ter muitas pessoas que se preocupam sinceramente com ele (como é o caso do seu pai), o companheiro mais presente na vida do psicólogo é um cão. O viúvo solitário, sem filhos, amargurado, fumante inveterado, companheiro de uma garrafa de bebida, ainda é apresentado optando por variedades de maconha adequadas ao seu estado de espírito do momento… Aliás, um aspecto saliente no filme é a droga, que rola solta, aos borbotões! Drogas em geral, incluindo o álcool.O protagonista da história é Henry Carter, um psicólogo famoso por tratar celebridades. Carter vive em profunda tristeza e quase absoluta letargia– a quase todo momento o vemos fumar um baseado -, uma maneira de ficar alheio à dor e a tudo o que acontece ao seu redor. Só quando seu pai, também psicólogo, lhe “repassa” uma paciente, a jovem Jemma, cuja mãe também cometeu suicídio, é que Carter começa a se dar conta de que está perdido. Mas nem isso o faz repensar suas atitudes. Isso vem acontecer quando, depois de utilizar uma droga mais forte – ao que parece, uma erva adulterada -, Carter vai parar no hospital.

ASSUNTO
Relação terapêutica, suicídio, luto, relações afetivas, sociais, drogas

Título original; Shrink – Psiquiatra, shrink, em inglês, significa “encolher”. A partir dos anos 60 Shrink passa a designar psiquiatras, psicanalistas e psicoterapeutas na gíria, significando “encolhedores de cabeça”. Ou seja, nós carregamos coisas demais, o que geram neurose, a mente desorganizada precisa de ajuda para encolher, reorganizar, precisa do profissional Shrink.

O “Psicólogo das Estrelas”, que faz uso de automedicação e fuma “baseados", atende em seu consultório pessoas influentes em Hollywood – lugar afetivamente pouco saudável. Tendo o terapeuta como centro unificador, o filme vai nos apresentando os clientes de Carter em suas rotinas. Pouco a pouco, tanto no consultório quanto fora dele, vamos nos envolvendo com os pacientes em suas neuroses, seus dilemas e infortúnios, seus tédios e angústias, seus dramas existenciais e seus vícios. Na lista de clientes do Dr. Henry Carter estão: uma famosa atriz, Kate Amberson e seu marido narcisista; Jeremy, um jovem escritor descontrolado e inseguro; Patrick, um produtor obsessivo compulsivo, entre outros. Cada um com a sua paranóia, seus problemas e seus medos… Desiludido com sua carreira e vida pessoal, a ponto de, surtando, declarar-se numa entrevista televisiva que era uma fraude, um momento significativo na vida de Carter se dá quando seu pai encaminha para ele o primeiro caso fora das celebridades. Trata-se de Jemma, uma garota problemática, que também está vivendo sob o signo da morte da mãe. Contatar sofrimento semelhante ao seu não será fácil. O filme retrata uma sociedade enferma e a situação em que a vida perdeu o sentido. Na cena em que o pai dá retorno sobre o sonho relatado por ele, o pai cita kierkegaard, “O doente deve se ajudar”. E o processo terapêutico segue com a disponibilidade de ambos. Nesse caso, profissional também é cliente.

O filme não contribui positivamente para a imagem social do psicoterapeuta, ainda mais no Brasil, onde o profissional psicólogo já sofre com uma representação social bem desgastada e cercada de muitos preconceitos. Algumas relevantes questões éticas são trivializadas e estereótipos são ainda mais reforçados.

Outro dia eu ouvi uma amiga médica dizendo que médico não pode dormir, ter doença, ficar triste, com preguiça ou outras coisas mais. Seus clientes não compreendiam que ela também é humana. Pois bem, o mesmo ocorre com psicólogos, psicoterapeutas? Trabalhando e sendo a própria ferramenta de trabalho, como saber seus limites? Tratando dos conflitos psicológicos dos clientes, o psicólogo está imune? Há quem encontre no problema pessoal um empecilho para tratar do problema do outro. Será? Como ser empático – ter a capacidade de entrar no mundo sofrido do outro- sem ter a menos noção do que é aquilo? Nem sempre é preciso passar por determinados sofrimentos para compreendê-los, afinal o psicólogo estudou para estar disponível, aberto para os conflitos humanos. Mas, afinal, estar dentro de sofrimento semelhante nos limita ou habilita? Quando pode ser facilitador, quando não, onde é o limite do humano e do psicoterapeuta?

O filme não pretende responder, mas nos faz pensar no momento “paralisante” do profissional, onde esse o limite é questionado. Particularmente acho que o bom senso é senhor da questão. O limite ético de cada um está relacionado com suas reais possibilidades. Para profissionais fica a importância da supervisão nesses momentos, um outro olhar sobre o fenômeno, favorecendo melhor compreensão do próprio limite. Não descarto, entretanto, a riqueza de qualquer conflito superado se tornar aprimoramento profissional para compreender melhor o sofrimento do outro e algumas das conseqüências possíveis.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

HIPNOSE - ALTERANDO E DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA.



A HIPNOSE


A Hipnose pode ser entendida como a ciência moderna que estuda
os estados alterados de consciência. Sua indução, características e
utilização. Também estuda maneiras de acessar, entender e influenciar
o processamento de informações que acontece em níveis de
funcionamento da mente diferentes da consciência ordinária
(subconsciente? inconsciente?).

Segundo uma tentativa de classificação, o fenômeno hipnótico pode
ocorrer sob duas formas principais de indução e apresentação:
Ergotropa e Trofotropa.

A hipnose ergotrópica se dá mediante estimulação vigorosa, como

ordens verbais, soar de gongos, tambores, sustos ou excitação
emocional intensa associada a confusão, medo e/ou expectativa. A
histeria coletiva e a hipnose de massa freqüentemente são
ergotrópicas. De um modo geral, ocorre uma sobrecarga de estímulos,
ou maior número de estímulos do que a mente consciente é capaz de
processar. Esse tipo de transe costuma estar associado a agitação
psicomotora e uma ativação generalizada do sistema nervoso
autônomo simpático (responsável pelas reações instintivas de fuga ou
luta em situações extremas).

Para fins terapêuticos, a hipnose empregada é, via de regra, a
trofotrópica. Aqui o estado hipnótico se associa a grande bem-estar e
relaxamento, e tradicionalmente imputa-se predominância da atividade
do sistema nervoso autônomo parassimpático.

Tal pode ser induzido através de uma infinidade de técnicas, tendo
todas elas em comum a concentração da atenção, que pode ser em
algo externo como um objeto ou o operador, ou algo interno, como uma
sensação, função orgânica ou pensamento.

A técnica mais conhecida seja talvez a Fixação do Olhar (método de
Braid). Como objeto de fixação podem ser usados os olhos ou o dedo
do operador, canetas, luzes, pêndulos ou quaisquer outros. Foi tornado
clássico em filmes e desenhos animados o cartão com espirais que, ao
ser girado, causa uma ilusão que ajuda a fixar a atenção, cansa o olhar
e pode até provocar uma ligeira tontura.

Sugestões verbais são associadas a quase todas as técnicas,
descrevendo as sensações do paciente, preparando-o e eliciando as
respostas desejadas. Ou ainda sozinhas, como Indução de
Relaxamento, uma porta fácil e confortável para o fenômeno hipnótico.

Os estímulos que levam a hipnose devem ser, via de regra,
monótonos, rítmicos, débeis e repetitivos. Tal é a entoação da voz do
hipnólogo. E assim também em outros métodos, como o uso do
Metrônomo (aparelho que marca o tempo para exercícios de música)
ou Visualizações (como coisas que vão e vem repetidamente).

Em Técnicas não-verbais de indução, freqüentemente são
espelhados atos inconscientes do paciente (como a respiração e o
piscar) por tempo suficiente para que se estabeleça uma forma de
vínculo entre o paciente e o hipnólogo. Este último por sua vez entra
em transe, no que é acompanhado pelo paciente.

Ações ideomotoras (como a técnica de levitação das mãos de
Erickson), ocorrem quando o corpo responde a uma idéia com
movimentos involuntários, e é ao mesmo tempo um fenômeno e uma
forma de indução de hipnose.
Para passar o paciente do sono fisiológico para hipnose, empregase
a Técnica sono-hipnótica.

Narco-hipnose ou hipnotizar o paciente através do uso de drogas
caiu em desuso porque não há nenhuma droga que facilite ou melhore
a hipnose. Em medicina, são denominados medicamentos hipnóticos
aqueles que induzem o sono, porém estes não guardam qualquer
relação com a hipnose.

Brain Wave Stimulator é um aparelho semelhante a óculos que
produz um estímulo luminoso sincronizado com a produção espontânea
de ondas alfa no cérebro. Percebe-se com isso uma estimulação da
produção de tais ondas, típicas do estado hipnótico. Esse aparelho vem
sendo utilizado como método indutor com sucesso.
Há ainda muitas outras técnicas, e esta pequena relação não é de
maneira alguma uma tentativa de limitar ou descrever as diversas
formas de linguagem e como elas podem afetar a consciência.
O fenômeno mais significativo e, segundo alguns, indispensável
para a produção de hipnose é o rapport, que é um estado de harmonia
e interação entre paciente e hipnólogo. Esse estado pode aparecer
espontaneamente, e é observado em várias situações em que esteja
ocorrendo comunicação eficiente, como entre amigos em conversa
animada, ou entre médico e paciente. É caracterizado por evidências
conscientes e inconscientes de cooperação e entendimento.

Continua...

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Janela dos Outros

"Vortando" outra vez a ativa. rs

Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido louco ou psicanalista em outra encarnação, tanto que o assunto me fascina.



Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.

Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista.
E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade.

Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.
Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar. Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios.. E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.

É o triunfo da dúvida.