quinta-feira, 28 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Psicólogos receitam filmes para funções terapêuticas



São Paulo (AE) - Durante o sono, no silêncio e na penumbra do quarto, as imagens do inconsciente são projetadas na mente das pessoas. Na poltrona do cinema, com as luzes apagadas, o que está projetado na tela grande pode ser visto como o sonho de outro, mas traz situações, frases e momentos que tocam no inconsciente de quem assiste. Partindo dessa premissa, e dessa subjetiva ligação, uma modalidade chamada cinematerapia, que já se tornou bastante popular nos Estados Unidos, tema inclusive de várias pesquisas acadêmicas, começa a ganhar adeptos no Brasil.

A idéia é utilizar os filmes como um recurso a mais durante o trabalho terapêutico. Um tipo de lição de casa dada pelo psicólogo para o paciente que pode auxiliar a trazer à tona emoções escondidas e situações mal-resolvidas e até mesmo dar um empurrãozinho para ajudar a pessoa a ter um outro olhar sobre os próprios conflitos.

"A cinematerapia tem um poder educativo, pois amplia a percepção, aprofunda a compreensão, permitindo a elaboração de um pensamento crítico. O psicólogo seleciona um filme indicado para aquele caso, a pessoa assiste e depois discute com o terapeuta as semelhanças que percebeu entre seus próprios conflitos e angústias com a trama. Juntos vão aclarando o que estava nebuloso", explica a psicóloga Maria Luiza Curti, uma das adeptas da prática no Brasil e autora da explicação que compara a projeção do inconsciente no sono com as cenas de um filme no cinema. "Quando mergulhamos na arte, nosso inconsciente costuma ser despertado. Seja pintando um quadro, desenhando, esculpindo ou assistindo a um filme."

A explicação desse poder da arte não é nova. Na Grécia Antiga, o filósofo Aristóteles registrou em sua obra "Poética" um processo que identificou nas tragédias. Foi ele quem chamou de catarse a descarga emocional que a experiência estética propicia, por exemplo, quando o espectador acompanha e sente como suas as aventuras e sofrimentos de um protagonista em uma peça.

ORIGEM - No caso em questão, a peça foi substituída pelo filme. De acordo com a psicóloga americana Birgit Wolz, da Universidade John F. Kennedy, na Califórnia, e uma das pioneiras a sistematizar a técnica, os primeiros estudos sobre cinematerapia apareceram há cerca de dez anos. Ela lembra, no entanto, que contos, histórias e filmes há tempos são usados como recursos terapêuticos. "Porém, agora a comunidade acadêmica começa a se interessar mais por eles, temos mais artigos, trabalhos publicados e cursos sendo oferecidos para os profissionais nos Estados Unidos."

Segundo ela, existem três maneiras de se utilizar um filme como recurso em consultório. "Há três níveis que podem ser trabalhados com os filmes. Um deles é focando na reação que cada pessoa tem a determinado filme, o que pode ser uma janela para o inconsciente. Outra possibilidade é apresentar filmes que de algum modo possam ser exemplos para a pessoa, seja literalmente ou por meio de metáforas. A terceira opção é explorar o lado catártico, que ajuda na liberação de emoções reprimidas", afirma a psicóloga. Além disso, a técnica ganhou o público e as livrarias com o lançamento do livro "Cinematerapia para a Alma - Um Guia de Filmes para Todos os Momentos da Vida" (Editora Verus, 224 págs.), das americanas Nancy Peske e Beverly West. Elaborado como um guia, o livro lista vários filmes, relacionando-os com os momentos para os quais eles seriam mais apropriados. O livro é uma simplificação da técnica usada pela maioria dos psicólogos, que realçam que filmes podem ser bastante úteis, mas sozinhos não resolvem qualquer problema.

Na escolha do repertório, as autoras e os psicólogos parecem estar mais de acordo. Dentro de um leque bem amplo de opções, as grandes produções, principalmente as hollywoodianas, são as mais indicadas. Para o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, professor do Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), os filmes de entretenimento podem ser mais úteis para esses fins.

"Mesmo o filme mais simples apresenta situações do drama humano. No cinema de entretenimento, as pessoas se identificam com as situações. Nesse sentido, Hollywood foi mestre em industrializar esse resultado", diz. "No filme de entretenimento, a pessoa vai desarmada, distraída, aí o lado de identificação pega mais. Já quando a pessoa assiste a um filme pensando em outro nível, reparando na linguagem, na atuação, na direção, no conteúdo, enfim, com um olhar mais analítico, essa situação não tem tanta função psicoterápica", explica o psicólogo.

Já a principal explicação para escolher um filme como recurso, e não um livro ou uma peça de teatro, é bem pragmática. "Percebemos que o cinema tem um alcance muito maior. É mais acessível para as pessoas. Precisa de menos tempo para ser visto e a pessoa se solta mais, pelo caráter de entretenimento", conta Birgit.

FILMES QUE AJUDAM RESOLVER CONFLITOS PSICOLÓGICOS


• *RELAÇÕES: Em "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" (Jean Pierre-Jeunet, 2001), Amélie cresce isolada dos outros pelos pais. Sozinha, ela cria um rico mundo interior e tenta fazer os outros felizes. Indicado para quem está hesitante em fazer novas relações e amizades.

• *RENOVAÇÃO: Para quem está se sentindo pessimista em relação ao futuro, "Billy Elliot" (Stephen Daldry, 2000) conta a história de um garoto que foge das aulas de boxe para aprender balé. Enfrenta a raiva e o desprezo da família e se torna símbolo de mudança para todos.

• *MEDO: "Confissões de Schmidt" (Alexander Payne, 2002) é indicado para quem acha que está faltando um sentido na vida. Ao mostrar a viagem de um viúvo aposentado para o casamento da filha, pode fazer que cada um pense mais na própria vida.

*essas 3 primeiras partes foram postadas aqui: http://djlucianohipnologo.blogspot.com/2010/09/psicologia-e-cinema_24.html





POSSIBILIDADES: A história da pintora mexicana Frida Khalo, "Frida" (Julie Taymor, 2002), pode ajudar quem pensa que tem escolhas limitadas por sexo, corpo, experiência ou coração partido. A trajetória da pintora serve de exemplo para aqueles que precisam se reerguer.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCOBERTAS: Para estimular a consciência de que uma pessoa determinada pode fazer muito, "Erin Brockovich" (Steven Soderbergh, 2000) é um bom exemplo. O filme conta a história de uma mãe solteira que luta contra uma usina poluidora na Califórnia.




















ATITUDE: Aceitar responsabilidades pessoais e tomar decisões por conta própria para melhorar a própria vida. Se esse é o caso, um dos filmes indicados é "Minority Report" (Steven Spielberg, 2002), história futurista de um detetive que impede crimes que vão acontecer.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Hipnose e Hipnoterapia

Hipnose é o nome dado a alguns fenômenos do pensamento intensificados, ocorrendo de forma coerente e induzidos, de maneira percebida ou não, por parte do hipnoterapeuta (pela comunicação) e/ou paciente (pelo pensar deste).


Estes fenômenos, dentro do método da Hipnoterapia Educativa, são assim divididos:

MEMÓRIA

- Amnésia: esquecer-se de pensamentos anteriores;

- Hipermnésia: lembrar-se de forma nítida de pensamentos passados;

- Regressão de idade: reviver pensamentos passados como se fossem presentes.


IDEOMOTORES

- Catalepsia: Enrigecimento dos músculos sem a fadiga durante o estado hipnótico;

- Movimentos "Alavancados": São os movimentos pausados;

- Escrita Automática: Dissociação de sistemas de raciocínios, onde o raciocínio da escrita independe de

qualquer outro raciocínio que esteja acontecendo.


IDEOSENSORIEDADE

- Alucinação positiva: pensamento tornado realidade sensível para o indivíduo;

- Alucinação negativa: pensamento que interrompe a realidade sensível;

- Anestesia: pensamento que interrompe estímulos táteis;

- Analgesia: pensamento que amortiza estímulos táteis;

- Hiperestesia: pensamento que aumenta a sensibilidade tátil.




RACIOCÍNIOS SOBRE O FUTURO:

- Progressão de idade: acreditar encontrar-se num futuro não percebido como projetado;

- Pseudo-orientação no futuro: pensar o futuro a partir do presente.


RAZÃO:

- Signo-sinal: elemento(s) associado(s) ao estado de transe ou hipnose;

- Dissociação de elementos: quebra de ligação entre dois elementos já aprendidos;

- Duplicação de sistemas de raciocínio: duas atividades psíquicas ocorrendo ao mesmo tempo

independentes uma da outra;

- Sugestão pré-hipnótica: cadeia de raciocínio pensado anteriormente à hipnose;

- Sugestão pós-hipnótica: pensamento desenvolvido em hipnose para ocorrer após a hipnose;

- Sobre si: a forma como a pessoa pensa em si.


NOÇÃO DE TEMPO:

- Expansão da noção de tempo: parecer ter passado mais tempo que passou;

- Condensação da noção de tempo: parecer ter passado menos tempo do que passou.



Hipnoterapia é o uso da hipnose na busca da superação de diferentes sofrimentos de base emocionais, e por vezes, orgânico.

Os fenômenos do pensamento chamados de hipnose mais utilizados em psicoterapia são hipermnésia e pseudo-orientação no futuro, caso parte do processo seja o trabalho com dor, também analgesia e anestesia.

É imprescindível lembrar que existem inúmeras abordagens teóricas de compreensão da psique, mas poucas abordam alguns destes fenômenos. Aquelas que o fazem, terão diferentes conceitos de como entendê-los, defini-los e trabalhá-los.

A Hipnoterapia Educativa foi desenvolvida à partir da Psicoterapia desenvolvida por Milton H. Erickson, pela Hipnoterapia Pavloviana, e filósofos como Jean-Jacques Rousseau, André Comte-Sponville, Aristóteles, entre outros. A partir desta abordagem, propõe-se o estudo da "hipnose" (como um todo) e de suas possibilidades nas diferentes áreas, neste momento com foco na psicoterapia e psicossomática.

As classificações e definições dos fenômenos do pensamento chamados de hipnose neste texto são da Hipnoterapia Educativa.

Vale lembrar que a ocorrência de muitos destes fenômenos, quando involuntária, freqüente e incoerente, é chamado de psicose.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Algumas frases para Psicólogos

Psicólogo não Adoece, Somatiza

Psicólogo não Transa, Libera a Libido


Psicólogo não Estuda, Sublima

Psicólogo não dá Vexame, Surta

Psicólogo não Fofoca, Transfere

Psicólogo não tem Idéia, Tem Insight

Psicólogo não resolve Problemas, fecha Gestalts

Psicólogo não se Engana, tem Ato Falho

Psicólogo não muda de Interesse, Altera Figura Fundo

Psicólogo não Fala, Verbaliza

Psicólogo não Conversa, Pontua

Psicólogo não diz Situações, e sim Contingências.

Psicólogo não Responde, Devolve a Pergunta

Psicólogo não Proíbe, Pune

Psicólogo não Desabafa, Tem Catarse

Psicólogo não Ajuda, Reforça

Psicólogo não é Indiscreto, é Espontâneo

Psicólogo não é Gente, é um Estado de Espírito
Autor Desconhecido


PSICÓLOGO


Psicólogo não conversa, pontua.

Psicólogo não fala, verbaliza.

Psicólogo não faz amor, liberta a libido.

Psicólogo não é indiscreto, é espontâneo.

Psicólogo não faz barraco, surta.

Psicólogo não tem ideias, tem insights.

Psicólogo não resolve problemas, fecha gestalts.

Psicólogo não pensa nisso, respira nisso.

Psicólogo não muda de interesse, muda de figura e fundo.

Psicólogo não come, internaliza.

Psicólogo não pensa, abstrai.

Psicólogo não é gente, é um estado de espírito.


UMA VISÃO COMPORTAMENTAL DAS COISAS:

Psicólogo não elogia, reforça

Psicólogo não fica de mal, põe em extinção
Psicólogo não troca as bolas, generaliza

Psicólogo não dá toque, discrimina

Psicólogo não puxa a orelha, pune

Psicólogo não dá exemplo, faz modelação

Psicólogo não é sincero, é assertivo

Psicólogo não seduz, faz aproximações sucessivas

Psicólogo não surpreende, libera reforço intermitente

Psicólogo não finge, faz ensaio comportamental

Psicólogo não sente, emite comportamentos encobertos

Psicólogo não perde medo, dessensibiliza

Psicólogo não fica a perigo, sofre privação

Psicólogo não é briguento, é reforçador

Psicólogo não muda de vida, opera no ambiente
Autor Desconhecido


Psicólogo não pensa, ELABORA..


Psicólogo não fala, FAZ UMA COLOCAÇÃO...

Psicólogo não decide, PONDERA...

Psicólogo não ama, EXPRIME AFETO...

Psicólogo não sente culpa, ASSUME A RESPONSABILIDADE SOB A PARTE QUE LHE CABE.

Psicólogo não sente medo, ACEITA SEUS LIMITES...

Psicólogo não briga, EXERCITA A EXPRESSÃO DA RAIVA...

Psicólogo não fica triste, ENTRA EM CONTATO COM SUA DOR...

Psicólogo não deprime, ENTRA NUM MOMENTO INTROSPECTIVO...

Psicólogo não sente tesão, DÁ CONTINÊNCIA À LIBIDO.

Psicólogo não transa, EXPRESSA A SEXUALUDADE...

Psicólogo não tem atitudes infantis, DEIXA FLUIR A CRIANÇA INTERIOR...

Psicólogo não reza, ENTRA EM CONTATO COM O EU SUPERIOR...

Psicólogo não faz Merda , ASSUME SUA PARCELA PRIMITIVA...

Psicólogo não grita e se o faz é UM GRITO PRIMAL...

Psicólogo não surta, ENTRA EM CONTATO COM UM OUTRO PATAMAR DE ENTENDIMENTO..
Autor Desconhecido

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Psicologia e Cinema.

SINOPSE


2011- Jamie (Jake Gyllenhaal) é um vendedor que usa seu charme tanto no trabalho quanto com as mulheres para se dar bem. A história transcorre na segunda metade da década de 1990, período em que o Viagra era a sensação do momento. O carismático e mulherengo Jamie inicia um emprego como representante de uma poderosa indústria farmacêutica. Em uma visita ao consultório médico, esbarra com a charmosa e atraente Maggie (Anne Hathaway), que, com 26 anos, sofre de Mal de Parkinson. Ambos descobrem afinidades e, a partir do encontro inicial, estabelecem uma relação descompromissada, na qual o sexo, somente o sexo, é o "protagonista". Mas não demora até que o caso se transforme em uma história de amor. O relacionamento enfrenta barreiras na resistência de Maggie em assumir o namoro, por causa da prematura doença.
 
ASSUNTO

Relações afetivas e sociais, Mal de Parkinson, sexualidade.

Não há grandes mergulhos nos assuntos propostos, mas é na leveza temos um desdobramento cativante e até provocador. A fita nos convida a pensar, seja sobre os mecanismos de defesa apresentado pelos personagens, ou sobre os bastidores das indústrias farmacêuticas .Misturando comédia e drama, o filme discute questões sérias. Jamie largou a faculdade de medicina para trabalhar em uma loja de eletrônicos, como que competindo com o pai para mostrar-se no controle de sua própria vida. Mas Jamie acaba sendo despedido da loja, e passa a vender produtos bem menos inofensivos quando entra para o time de representantes da gigante farmacêutica Pfizer. A falta de ética é usada para efeito cômico em diálogos e os personagens obedecem a um único objetivo: fazer com que médicos receitem o medicamento da Pfizer ao invés do concorrente. Entra em cena Maggie, personificando uma das fantasias masculinas como a garota que quer só sexo, dispensando as complicações de um relacionamento - fachada que proporciona escape fácil, evitando assim o risco da dor que todos corremos ao amar. A garota compartilha de sua filosofia anti-romântica, mas é vítima do mal de Parkinson, mesmo tendo apenas 26 anos. Ao se relacionar com Maggie, ele vai descobrindo seu lado “humano”, palavra essa usada pelos próprios personagens como forma de entender que o amor entre os dois estava por florescer. Maggie, por sua vez, é bem mais explícita em suas atitudes e também tem no sexo casual e selvagem o escape da tristeza de sua doença precoce. Nisso, acompanhamos a evolução do relacionamento dos dois, enquanto a doença de Maggie progride e, graças ao advento do Viagra, a carreira de Jamie ascende. Torna-se muito interessante para o público (e para o próprio Jamie) descobrir, aos poucos, as origens da aversão da moça ao conceito de romance, processo que também faz com que o vendedor passe a entender muito mais sobre si mesmo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Para evitar o Bloqueio Mental por Tensão


BRANCO, EM DIA DE PROVA, NUNCA MAIS!


Se você aprendeu, se você SABE, nada pode impedir que recupere estas informações na memória. Muito menos o medo.

O medo é só uma ilusão, nada mais do que isso. E, como toda ilusão, ela terá sempre o tamanho e a importância que você quiser que ela tenha.

No entanto, você não pode admtir que uma ilusão tenha mais valor do que as coisas que você aprendeu e que compõem o seu "mundo verdadeiro". Portanto, se você sabe, se você aprendeu, VAI LEMBRAR SEMPRE QUE QUISER LEMBRAR.

Leia esta frase em voz alta, tantas vezes quantas forem necessárias para que ela tome conta do seu subconsciente. Decore-a e repita sempre, mentalmente, várias vezes por dia. À noite, antes de dormir, faça o exercício de relaxamento e pense firmemente nesta frase:


"Eu fico sempre MUITO calmo nos dias de prova.


Consigo lembrar de tudo o que estudei e,


mais do que isso, sou tomado nestes dias por


uma imensa capacidade criativa.


Nada me perturba, pelo contrário,


fico animado, feliz e consciente


de que vou obter um EXCELENTE RESULTADO.


Afinal de contas,


EU SOU MUITO INTELIGENTE E CRIATIVO.


E medo é uma palavra que eu desconheço."

terça-feira, 12 de abril de 2011

Atendimento pelo Computador 2ª Parte

Terapia Individual e Aconselhamento pontual:


Baseado no modelo de terapia face-a-face esta modalidade pode ocorrer utilizando- se de várias tecnologias como e-mail, chat, videoconferência e outros serviços disponíveis. Geralmente o profissional possui um web site onde o usuário entra e envia mensagem via formulário ou via e-mail a este. A resposta chega então ao usuário com indicações para terapia face-a-face, informação ou aconselhamento.

Quando o profissional realiza terapia on line, após o primeiro contato pode ser feito um contrato de terapia e esta, então tem início.

Possíveis vantagens da terapia on line frente à terapia face-a-face

1.Tópicos Geográficos:

·Possibilidade de contato com pessoas de localidades diferentes com o mesmo tipo de problema comunicando-se a um custo baixo;
·Oportunidade para pessoas que moram em localidades sem um profissional especializado ou que por alguma razão estão impossibilitadas ou não procuram a terapia face-a-face, de obter terapia.

2.Tópicos Técnicos, Processuais e Temporais:

·Fácil acessibilidade. Em relação a terapia face-a-face a terapia on line pode ser acessada com mais facilidade, necessitando a rigor apenas de um computador conectado à Internet;

·Facilidade da gravação das interações para posterior análise e documentação

·Leitura e resposta feitas em horários convenientes na terapia assincrônica, diminuindo problemas de agendamento de horários.
·Facilitação do processo de supervisão em terapia assincrônica, pois o supervisor pode ler o que o terapeuta vai enviar ao grupo antes que a mensagem seja enviada.
·Facilitação de preenchimentos de formulários e "lições de casa"
3.Tópicos Terapêuticos:


·Na terapia assincrônica a possibilidade do sujeito enviar uma mensagem ao terapeuta no momento em que os sentimentos estão ocorrendo, ao invés de esperar até a próxima sessão;

·Existe a falta de muitas marcas sociais que numa terapia face-a-face podem estimular o preconceito;
·Anonimato, que facilita a abertura;
·Menor preocupação em ser julgado negativamente pelos outros e menor ansiedade.


Desvantagens e Dificuldades da Terapia on line frente a Terapia face-a-face:

1.Tópicos Legais, Éticos e Geográficos:

·Dificuldade na obtenção de Identificação do cliente;
·Dificuldade na verificação do credenciamento do profissional.
·Possível falta de conhecimento por parte do terapeuta de eventos políticos ou naturais na localidade que podem influenciar o tratamento;
·Dificuldades na avaliação e diagnóstico do cliente.
2.Tópicos Técnicos e Processuais:

·Falta de comunicação não verbal entre as partes;
·Possibilidade de desentendimento e interpretação errônea das mensagens, pois estas podem parecer mais frias e impessoais do que o pretendido pelo autor;
·Falta de segurança na comunicação, porém minimizada com criptografia das mensagens;
·Possibilidade de ocorrerem interrupções e distrações no ambiente do cliente enquanto este esta na terapia;
·Necessidade de conhecimento e experiência com uso dos programas utilizados na comunicação.
Não obstante, diversos destes autores relatam a necessidade de mais pesquisas neste campo para a verificação dos tópicos acima listados e também para a se definir padrões de atendimento via Internet.(Miller e Gergen, 1998; Grohol, 1998; King, 1998; Murphy e Mitchell, 1998; Childress e Asamen, 1998; King, Engi e Poulos, 1998; Weinberg e colaboradores, 1995).


Pesquisa Sobre Terapia On Line


Com base nas questões levantadas esta sendo realizada uma pesquisa sobre Terapia on line com o objetivo de avaliar a possibilidade de se realizar um trabalho terapêutico sem nenhum contato presencial e também de avaliar formação e manutenção da relação terapêutica.

Para a realização da terapia foi utilizado uma versão modificada do Learnloop (www.learnloop.org): Uma ferramenta para comunicação em grupo que fica instalada no servidor web e possibilita a criação de salas restritas por senha e nestas são criados fóruns de discussão, áreas para arquivos e links e outros módulos, sendo que todos os arquivos e conteúdo das comunicações ficam armazenados no servidor. O Learnloop foi desenvolvido de acordo com a licença GPL (http://www.gnu.org/copyleft/gpl.html), que permite uso, modificação e distribuição livre, isto é sem adquirir licenças ou pagamento de uso ou serviços.

A divulgação da pesquisa foi feita utilizando listas de e-mail (para os terapeutas) e divulgação em órgãos de mídia (para os clientes). As terapias eram individuais e foram realizadas utilizando um fórum, sendo que então se configura o formato assincrônico de comunicação. A duração de cada terapia é de 15 semanas.

Para participar da pesquisa era necessário se inscrever via Internet, entrar no sistema e retornar via correio o termo de consentimento assinado com fotocópia do R.G (clientes) ou CRP (terapeutas).

Sendo assim, os participantes foram classificados em:

" 0 - Participantes que apenas se inscreveram on line

"1 - Participantes que se inscreveram e entraram no sistema.

"2- Participantes que se inscreveram, entraram no sistema e retornaram a correspondência por correio.

Resultados

Como a pesquisa estava ainda em curso na ocasião da apresentação deste trabalho serão relatados apenas parte dos dados do perfil dos participantes (clientes e terapeutas). Se inscreveram na pesquisa 20 terapeutas e 378 clientes. Foram criadas 53 salas de atendimento.

Terapeutas (n=20) Clientes 0 (n=214) Clientes 1 (n=77) Clientes 2 (n=87)

Dados Pessoais

- Sexo Feminino (70%) Feminino (62%) Feminino (71 %) Feminino (64 %)

- Estado Civil Solteiro (55%) Solteiro (59 %) Solteiro (54%) Solteiro (46%)

- Estado SP (60%) SP (28 %) SP (41 %) SP (37 %)

- Escolaridade Pós Completo (50%) 3° grau incompleto (34 %) 3° grau incompleto (46 %) 3° grau incompleto (37 %)

Uso de Internet

- Tempo de Uso da Internet 2 anos ou mais (95%) 2 anos ou mais (76 %) 2 anos ou mais (79%) 2 anos ou mais (77 %)

- Horas de uso por semana. 5 a 10 horas/semana (50%) 1 a 5 (28%) e 5 a 10 horas/semana (28 %) 10 a 20 horas/semana (25%) 5 a 10 (25%)e 10 a 20 horas/semana (25 %)

- Formas de Conexão Telefone (60%) Telefone (63%) Telefone (45 %) Telefone (61 %)

- Frequência de Acessos 1 vez ao dia (50%) 1 vez ao dia(37%) 1 vez ao dia(41 %) 1 vez ao dia(40 %)


Discussão:


Perfil Demográfico:

Os dados demonstram uma predominância de participantes do sexo feminino, que também é verificada nas formas de terapia tradicionais. Quanto ao estado civil a predominância de solteiros também foi verificada. Os terapeutas tiveram em sua maioria a origem no estado de são paulo, porém isto se deve ao fato de que como a pesquisa aconteceu no estado de são paulo, alguns terapeutas que participaram da pesquisa eram conhecidos pessoais do pesquisador.

O perfil dos terapeutas é de um profissional envolvido com a pesquisa, pois metade tem pós graduação completa.

Uso de Internet:


De forma geral, os participantes tem boa experiência no uso de Internet, onde a grande maioria usa a rede por mais de dois anos. Em relação a frequência de uso, podemos verificar que de forma geral, os participantes se conectam diariamente ficando cerca de pelo menos uma hora diária conectado. Isto demonstra que os participantes podem ser considerados dentro de um perfil desejável para realizar a terapia on line, observando apenas a questão do uso de Internet.

A forma de conexão da maioria é ainda a linha discada, porém chama a atenção que as formas rápidas de conexão estão com grande presença entre os participantes (além da conexão por telefone, as outras opções eram todas de conexões de banda larga). Este dado demonstra que os problemas técnicos de queda de conexão e lentidão provavelmente terão uma frequência menor entre os participantes que utilizam banda larga e também aponta para que no futuro outras pesquisas possam utilizar formas sincrônicas de comunicação utilizando recursos multimídia, já que para tais recursos a banda larga é mais indicada.

Conclusões gerais

Com se pode verificar o conhecimento acerca da terapia on line ainda esta muito incipiente, sendo que existe uma necessidade muito grande de que programas de pesquisas sejam criados nesta área por diversas razões dentre as quais:

·A verificação, em pesquisa, das diferênças entre atendimentos sincrônicos e assincrônicos.

·A atividade tende a crescer com o passar do tempo acompanhando o crescimento da Internet como um todo.

·O desenvolvimento tecnológico caminha em alta velocidade, fazendo com que o conhecimento fique desatualizado com facilidade, um exemplo disso é a terapia via vídeo conferência que atualmente é possível de ser realizada com as conexões de banda larga.

·Aceleração do processo de autorização por parte dos conselhos em relação a esta atividade, que esta sendo feita por profissionais não psicólogos, que por um lado podem estar tomando para si a função dos psicólogos na Internet e por outro lado prestando serviços de qualidade duvidosa.

·Verificação em relação as teorias psicológicas de estar dando conta ou não deste tipo de fenômeno e desenvolvimento e adaptação de teorias que podem dar conta deste tipo de atendimento. Tendo em vista a analise do comportamento aplicada a clinica

Também se faz necessário que sejam criados ou desenvolvidos softwares específicos para esta atividade, pois existem questões específicas no atendimento que podem estar influenciando com o uso ou não de determinada ferramenta. O Learnloop tem se mostrado adequado para a terapia on line, todavia outras adaptações são necessárias, de forma que ele se torne mais adaptado para o atendimento.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Psicólogo analisa os impactos do massacre de Realengo

Olha só o meu Teacher dando entrevista sobre o acontecido no rio.
Concordo em quase tudo que ele falou, menos num ponto, que com certeza hoje na aula dele iremos discutir.
Só para não ficar a duvida na cabeça de vcs, eu discordo "em parte" a tese de que isso foi um caso isolado.
Para mim por causa da mídia isso vai se repetir mais vezes, aja visto que muitos que sofreram bullying em vez de fazer como o zaggief kid da australia, até por aqui no brasil não ter muito o hábito de ir num terapeuta e de fácil acesso a qualquer armamento(desde que se tenha dindim, não precisa muito), isso irá(espero que ñ) proliferar ainda nas escolas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Psicologia e Cinema.

SINOPSE

A morte do filho adolescente Bennett, num acidente de carro, é quase demais para a família Brewer suportar. Não apenas porque ele tinha uma vida promissora, mas também porque o impacto de sua morte desencadeia uma série de tumultos em suas vidas. Sua mãe fica obcecada e não pode deixá-lo ir; seu pai não consegue encarar a situação; e a posição de segundo lugar de seu irmão é ampliada. E quando a namorada de Bennet aparece, a família tem que lidar com circunstâncias que complicam ainda mais sua perda.

ASSUNTO

Luto, Reconfiguração Familiar

É uma trágica e romântica história de amor e superação em família. A família de Bennett ainda passa por um duro luto: o pai Allen (Pierce Brosnan) não consegue falar abertamente sobre o filho morto, e guarda todos os seus sentimentos dentro de si, se fazendo de forte, para ajudar a sua mulher Grace (Susan Sarandon). Grace não consegue aceitar a morte do filho, e fica obcecada por saber quais foram as últimas palavras dele, indo sempre visitar o responsável pelo acidente, que se encontra em coma, numa relação de puro desespero. Completando a família, temos o irmão Ryan (Johnny Simmons), que tem seus próprios problemas da adolescência mais a culpa e/ou remorso por não ter se despedido apropriadamente do irmão. Como na vida real, a superação do luto ocorre de maneira natural, orgânica. Cada um dos membros da família, passará por aquilo que tem que passar. As subtramas de "Em Busca de Uma Nova Chance" envolvem a participação de Ryan num grupo de terapia psicológica, a aproximação entre Rose e Allen, além das visitas de Grace ao sobrevivente que estava no outro veículo acidentado, um homem que está ainda em coma, mas que pode ter ouvido as últimas palavras de Bennett.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Para se tornar mais criativo.

Todas as pessoas têm um potencial criativo imenso. Isto já foi comprovado pela Ciência. O que as pessoas precisam, tão-somente, é admitir esta verdade científica e deixar que sua criatividade se expresse, a todo instante, nas suas vidas.


Você também tem este imenso potencial criativo, é logico! E você pode expressar sua criatividade simplesmente dizendo para você mesmo "sou muito criativo, sempre". Simples, não é mesmo? Saiba que ser criativo é apenas uma questão de decisão pessoal. E você decidiu que é criativo! E está decidido!

Tenha certeza disto: se você quer se tornar cada dia mais criativo, você pode. Você só precisa querer ser. É decisão sua. E você já decidiu!

Se você repetir com insistência "eu sou muito criativo!", realmente será. A sua inteligência reproduz fielmente as coisas que você aprendeu. E esta afirmação é uma aprendizagem.

Leia esta frase em voz alta, tantas vezes quantas forem necessárias para que ela tome conta do seu subconsciente. Decore-a e repita sempre, mentalmente, várias vezes por dia. À noite, antes de dormir, faça o exercício de relaxamento e pense firmemente nesta frase:


"Sou muito criativo. Tenho sempre ótimas idéias


sobre todos os assuntos. Raciocino rapidamente


porque raciocino sem preconceitos.


Assim, sou capaz de aprender tudo, rapidamente,


e de ter idéias maravilhosas sempre que


forem necessárias. Eu, REALMENTE,


sou muito inteligente e muito criativo".

Hoje é dia de Charges! Nietsche e Deus.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Atendimento pelo Computador

Estamos vivendo no meio de uma revolução tecnológica sendo que os serviços e sistemas de informação estão ocupando um lugar central neste processo; não existem dúvidas acerca das mudanças que ocorreram na sociedade humana decorrentes do advento dos computadores e, posteriormente, da Internet. Entretanto, as mudanças que ocorreram e que ainda podem ocorrer na psicologia e mais especificamente no atendimento psicológico após os adventos destes sistemas e serviços de informações ainda não estão claras para a maior parte da comunidade cientifica bem como para a maior parte da sociedade brasileira.



INTEGRAÇÃO NA WEB


Histórico
Já em 1966 no MIT (Massachusetts Institute of Technology - USA) foi concebido por Joseph Weizenbaum um programa (sistema inteligente) que simula a terapia onde o sujeito falava (via texto) com o programa da mesma forma com que fala com um terapeuta. O nome do programa é ELIZA, e suas falas foram baseadas nas técnicas rogerianas de devolver ao paciente aquilo que ele fala (O dell e Dickson, 1984). Este programa era experimental, e foi posteriormente abandonado por seu autor, mas foi o marco do inicio da intervenção psicológica com o auxílio dos computadores.

Atualmente, segundo Trabin (1996), existem programas de computadores sendo usados nos âmbitos clínico e institucional atuando como: sistemas de apoio a decisões clínicas, auxiliares no atendimento clínico para coletar dados, instrumentos para fazer diagnósticos, como guias de programas terapêuticos e como programas de auto-ajuda. O profissional pode estar atuando junto com o programa em diversos níveis, desde o acompanhamento direto com o cliente até apenas a monitoração do sistema.

Entretanto estes programas requerem um alto grau de investimento financeiro e administrativo, além das possibilidades da grande maioria dos psicólogos clínicos sendo desenvolvidos geralmente por uma equipe multidisciplinar e com verbas destinadas para esta finalidade. O desenvolvimento de tais aplicativos também requerem diversos conhecimentos técnicos específicos, competências que os psicólogos geralmente não tem.

Terapia na era da Internet

Contudo, com a popularização dos microcomputadores e o posterior advento da Internet, a comunicação mediada pelo computador se tornou evento rotineiro na vida de muitas pessoas, inclusive para muitos psicólogos. Para se comunicar via computador já não é necessário nenhum desenvolvimento de programas, apenas conhecimento na utilização dos mesmos (Prado, 1998).

Muitos usuários formaram comunidades virtuais para suporte e auto-ajuda, algumas sem nenhum tipo de controle ou mediação profissional. Segundo King (1998) um problema básico colocado por este tipo de arranjo seria a inexistência de formas de controle que impossibilitem os usuários disseminar informações falsas ou imprecisas a respeito de diagnóstico e tratamento de desordens mentais.

Ao mesmo tempo vemos que alguns psicólogos viram a Internet como uma oportunidade de oferecer seus conhecimentos a consumidores que os procuravam para aconselhamento gratuito (Grohol, 1998); Posteriormente alguns psicólogos começaram oferecer terapia via Internet, como uma atividade profissional, inclusive no Brasil, sem um respaldo ético ou científico específico para terapia via computador.

A posição dos Conselhos

Os conselhos regionais de psicologia se pronunciaram a respeito desta questão, proibindo este tipo de atividade:

"Não se reconhece ainda qualquer modalidade de "psicoterapia pela Internet" como prática profissional legítima. Ainda não foram feitas pesquisas suficientes sobre a questão. (...) É preciso desenvolver pesquisas, e como se trata de pesquisas envolvendo seres humanos, devem seguir as normas do Ministério da Saúde para esses casos. As pesquisas não podem ser cobradas e devem ser aprovadas por uma comissão de ética reconhecida." (Sayeg, 1999, pg. 18).

O Conselho Federal de Psicologia então editou uma resolução onde reconhece serviços psicológicos mediados pelo computador, não psicoterapêuticos, com caráter informativo, de orientação e pontuais. Esta resolução foi criada a partir dos Grupos de Trabalho dos Conselhos Regionais que discutiram e trabalharam a questão com os acadêmicos e com a comunidade profissional (Bock, 2000).

Uma questão de fato que se coloca no momento é que nem este tipo de resolução, nem a falta de pesquisas sobre o tema, impediram alguns psicólogos, na prática, de exercer tal atividade. O atendimento via Internet atualmente é presente e real, tende a crescer com o passar do tempo e não pode mais ser ignorado (Sampson, Kolodinsky e Greeno, 1997).

Este fato parece tornar ainda mais necessárias as pesquisas nesta área, com o objetivo de se estudar as interações terapêuticas que ocorrem na Internet a fim de se definir padrões apropriados de cuidados na entrega de serviços de saúde mental através da Internet (tanto no âmbito da técnica da informática quanto das técnicas e prodecimentos terapêuticos), sendo que, sem pesquisas, padrões de cuidado irão se desenvolver sem validação empírica suficiente.



Metodologias de Atendimento: potencialidades e restrições

Recursos tecnológicos utilizados na terapia on line

Alguns recursos, serviços e softwares têm sido utilizados para o provimento de terapia on line, suas principais vantagens e aplicações serão discutidas posteriormente, sendo que apenas uma breve explicação sobre cada recurso será descrita abaixo.

É importante ter em mente que todas estas classificações são arbitrárias, pois não existem formas únicas e exclusivas de se comunicar na Internet e na maioria das vezes vários recursos são utilizados concomitantemente.

E-mail (textual, assincrônico)
Na atualidade segundo Fink (1999a), o uso do e-mail como serviço de comunicação para consultas on line é a tecnologia escolhida. Porém Maheu, M. M (1999b), relata que este tipo de intervenção, se utilizada na abstinência de outras modalidades de tratamento como terapia face-a-face ou videoconferência, pode não ser eficiente.


Chat (predominantemente textual, sincrônico)
Cutter, F (1996) encontrou após pesquisar na web, informações onde constavam que este tipo de intervenção estava ocorrendo na Internet. Existem vários softwares e serviços para chat, onde se destacam o web chat, realizado dentro de um site e via Browser, Msn, skype, etc.

Vídeo-conferência (predominantemente sensório e sincrônico)

Tendo como o modelo a terapia face-a-face, esta é a forma semelhante de intervenção terapêutica. Existem vários softwares que disponibilizam tal recurso onde a maior limitação ainda é a velocidade de transmissão dos dados.

A grosso modo na videoconferência se tem a visão do que esta sendo filmado pela câmera do interlocutor em uma janela, e em uma outra janela fica disponibilizado o que a câmera do computador do usuário está filmando. Ambos necessitam de microfone para que a voz também seja transmitida.

Grupos (Terapêuticos, Suporte e auto ajuda)

São comunidades virtuais que se comunicam via e-mail ou via fóruns em websites relacionados ao assunto discutido. Os grupos de suporte funcionam comumente no formato dos grupos de auto-ajuda como os Alcoólicos Anônimos. O objetivo do grupo é prover suporte, orientação e informação sobre o tema discutido, enfim segundo Fink, J. (1999b), reunir interesses e necessidades especiais freqüentemente não disponíveis no espaço real. De acordo com o autor, estas novas possibilidades, como as comunidades virtuais, não eram antes disponíveis aos clínicos para uma intervenção terapêutica. Agora se apresentam como um novo campo para a pesquisa.


Os grupos de suporte podem se organizar de várias formas:


·Grupos Abertos: nestes grupos qualquer pessoa pode entrar e postar mensagens sem que seja requerido algum tipo de autorização.

·Grupos Fechados: neste caso é requerida a autorização pelo líder ou mediador do grupo para que o indivíduo possa fazer parte da comunidade. Estes são normalmente restritos a pessoas ligadas diretamente `a temática do grupo.

·Grupos moderados por profissionais: O líder ou mediador do grupo é um profissional de saúde mental que trabalha com a temática discutida no grupo. Segundo King, S.A. (1998), esta modalidade tem um grande potencial terapêutico ainda não desenvolvido.

·Grupos sem moderação de profissional: O mediador do grupo é uma pessoa portadora da deficiência, patologia ou ligada a problemática discutida na comunidade.

·Grupos terapêuticos: Similares aos grupos de suporte fechados e moderados por um profissional, porém diferem destes, pois a atuação do profissional é diferente. Nesta modalidade o profissional tem o papel de terapeuta do grupo.

Semana que vem continuamos essa matéria.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Psicologia e Cinema.

SINOPSE

Dom Juan DeMarco, sob a direção de Francis F. Copolla, mostra um jovem ( J. Deep), que afirma ser Dom Juan DeMarco, um conquistador de mulheres que usa a máscara, se veste como um cavalheiro e ameaça suicídio do alto de um prédio, deprimido pela perda de seu amor. Um psiquiatra,Jack Micller(Marlon Brando) é indicado para tratá-lo.Durante a primeira sessão, o rapaz pede-lhe que ele não lhe dope,que ele lhe contará sua vida. O diretor insiste que o rapaz é um lunático e que seja tratado como tal.O psiquiatra pede-lhe um tempo, para que possa tratá-lo sem o uso de remédios, o diretor mesmo a contragosto concorda.Nas sessões seguintes, o jovem fala-lhe de sua vida na ilha onde cresceu, cercado de amor e da paixão dos pais, de sua vida amorosa. Fala-lhe de uma maneira , tão envolvente, que o médico não sabe até onde é realidade ou fantasia.A partir daí, o psiquiatra passa ter uma visão da vida e dos relacionamentos pessoais.Revigorado, passsa a tratar a mulher Marilyn( Faye Dunaway) , mais atenciosamente com uma paixão jovial que há muito deixara de existir no relacionamento deles.Tornam-se companheiros e amantes. Quando se encerra o prazo dado pelo diretor,pede a Dom Juan que fale perante a junta médico quem ele era, um jovem com problemas e que já estava curado. E asim ele recebe alta. O psiquiatra, que estava próximo de se aposentar, vai para a ilha de Dom Juan , com a mulher e lá passa a viver feliz


ASSUNTO

Esquizofrenia, relações afetivas, familiares e terapêutica

O jovem criou um mundo para si, onde buscava esquecer os acontecimentos traumáticos da sua vida, principalmente relacionados à sua mãe, que, ao que parece, foi uma mulher adúltera. Para se proteger , O “Dom Juan” se utiliza de vários mecanismos de defesa. Ele nega a sua realidade o tempo todo, porque aquilo lhe provoca uma angústia insuportável. O personagem busca assumir a identidade de Dom Juan, evitando assim o reconhecimento das suas próprias inadequações. Ele preferiu isolar os pensamentos que lhe remetiam a fatos desagradáveis da sua vida, desvinculando de outras idéias, para que esses fatos viessem a ficar “esquecidos”, com pouco acesso por ele próprio, evitando as fortes emoções Apesar de apresentar todo esse quadro, o rapaz também se mostrava o tempo inteiro consciente da sua fantasia. Ele sabia que aquela sua estória não era real, conhecia a sua realidade, apenas criou para si, um mundo no qual ele pudesse liberar seus desejos, suas fantasias. Utilizáva-se da máscara justificando esconder sua vergonha por ter sido o estopim da morte de seu pai. Ele conseguia manter uma capacidade de alternância entre a realidade e a fantasia. Estava extremamente consciente de sua vida, de que estava em um hospital psiquiátrico e etc., porém preferia encarar a situação daquela forma fantasiosa, porque lhe era menos desgostoso. O psiquiatra, ao invés de bombardeá-lo com medicamentos, resolveu ouvir sua história e embarcar no seu devaneio, e acabou por envolver-se por completo. Na relação ambos são afetados. O médico, então, passa a ter um comportamento diferente, começa a querer resgatar o romantismo no seu casamento. O delírio de Don Juan é extremamente apaixonante, pois trata de uma forma suprema e graciosíssima das questões do amor e da sexualidade. Uma história que nos leva a refletir sobre nossas visões limitadas de encarar o amor em todas as idades e épocas. É preciso ver através das máscaras.