quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Hipnose, o uso da mente para curar problemas.

É comum ver nos desenhos animados ou em filmes, personagens hipnotizando os outros dessa forma. Porém, isso não passa de ficção, na vida real a hipnose é bem diferente.


Há um grande preconceito em torno do assunto, devido á falta de informação. Geralmente são passados dados errados ou distorcidos sobre a hipnose. Muitos acreditam que se trata de mágica e que o hipnólogo pode dominar a mente e o corpo da pessoa durante o processo. Porém, não é possível hipnotizar pessoa a qualquer momento e o profissional não pode obrigar que o paciente faça coisas, mesmo estando em estado de transe. Embora o corpo esteja totalmente relaxado, a mente está funcionando perfeitamente, o superego, inconsciente responsável por nos censurar, não é desativado durante o estado de transe, o que significa que a pessoa não fará nada que achar errado, ou incorreto. “Se eu falar para um paciente ir à rua e tirar a roupa, ele não fará. Porque o seu inconsciente diz que isso é errado. O máximo que pode acontecer é que ele mexa no botão da calça, no cinto, mas irá fechálos logo em seguida”, explica o médico e hipnólogo Antonio Ezequiel Kovalski. O profissional sério jamais irá praticar esses atos, pois o intuito é ajudar.

Parece incrível, ou totalmente improvável que seja possível curar alguma doença, tanto física como psicológica, usando a mente. Mas é exatamente isso que a hipnose promete. O importante, como conta o médico, é a disposição do paciente para o tratamento “Não adianta o paciente vir fazer uma sessão se não estiver preparado, pois não vai surtir nenhum resultado”.


Como acontece?


Existem várias maneiras de indução ao transe, a maioria é feita por relaxamento dirigido, através de palavras ou toques específicos na face. Por meio do transe, ou concentração alterada, o paciente deixa de perceber os estímulos internos e fica focado no ponto em que pretende tratar. No caso de um fumante, que pretende parar com o vício, o hipnólogo induz o paciente a regressar até o dia em que começou e fumar e então apaga a cena da memória. “Existem várias técnicas para deletar, uma das que costumo usar com meus pacientes é a queima no sol. Nela, a pessoa ‘materializa’ a cena e a joga no sol, queimando-a”, explica o Dr. Antonio Kivalski.


Durante a hipnose ocorrem mudanças nas ondas cerebrais, e várias estruturas do órgão são intensificadas, principalmente a emoção e a memória. Assim, quando a mente atinge o máximo de atenção, fica mais fácil de ter acesso a todo material que poderá ajudar no tratamento do caso. Além disso, o paciente fica mais aberto para receber sugestões dadas pelo profissional.

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