sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Psicologia e Cinema.

ASSUNTO


Homossexualidade, homofobia, intolerância, relações afetivas e sociais

O tema central oscila entre a aceitação e a negação da homossexualidade. Ennis Del Mar é um jovem órfão, reservado e com um passado traumático que o impede de descobrir sua própria identidade. Jack Twist é o seu oposto: brincalhão e expansivo, sabe exatamente quem é e o que deseja. O Segredo de Brokeback é um filme de força indiscutível e rara sensibilidade. E de coragem surpreendente. Em nenhum momento disfarça aquilo que realmente é, mesmo com toda a força conservadora do governo Bush: uma grande história de amor entre dois homens. A história de dois caubóis que ao partilharem a dureza em se viver sobre situações altamente desfavoráveis, como a falta de conforto, de comida, do clima instável, numa noite fria acabam se relacionando sexualmente. Ennis e Jack como dois homens que, por uma força do destino, acabam se conhecendo intimamente e que passam a considerar aquilo uma espécie de amizade, só que em um grau mais elevado. Eles não se consideram gays, não agem como tais e não pretendem levar aquilo adiante quando desciam a montanha. Entra em cena o conflito entre a identidade sexual e a repressão social, pois eles simplesmente não sabem o que fazer com este amor – em uma época de grande movimentação sobre a liberdade sexual e que eles nem fazem idéia que esteja existindo! Continuam incapazes de assumir os sentimentos e passam a vida pagando os próprios pecados. É aí que reside a força do filme. O Segredo de Brokeback Mountain é um filme marcante, que faz chorar e que fica ressoando na cabeça. Seja você heterossexual, seja você homossexual. E, por isso mesmo, força a reflexão sobre o verdadeiro sentido sobre a intolerância, sobre a falta de amor ao próximo, sobre como somos cruéis uns com os outros. O mundo se esquece que há diferentes raças, diferentes credos, diferentes opções sexuais, mas que somos todos seres humanos.

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