quinta-feira, 12 de maio de 2011

HIPNOSE - ALTERANDO E DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA.



A HIPNOSE


A Hipnose pode ser entendida como a ciência moderna que estuda
os estados alterados de consciência. Sua indução, características e
utilização. Também estuda maneiras de acessar, entender e influenciar
o processamento de informações que acontece em níveis de
funcionamento da mente diferentes da consciência ordinária
(subconsciente? inconsciente?).

Segundo uma tentativa de classificação, o fenômeno hipnótico pode
ocorrer sob duas formas principais de indução e apresentação:
Ergotropa e Trofotropa.

A hipnose ergotrópica se dá mediante estimulação vigorosa, como

ordens verbais, soar de gongos, tambores, sustos ou excitação
emocional intensa associada a confusão, medo e/ou expectativa. A
histeria coletiva e a hipnose de massa freqüentemente são
ergotrópicas. De um modo geral, ocorre uma sobrecarga de estímulos,
ou maior número de estímulos do que a mente consciente é capaz de
processar. Esse tipo de transe costuma estar associado a agitação
psicomotora e uma ativação generalizada do sistema nervoso
autônomo simpático (responsável pelas reações instintivas de fuga ou
luta em situações extremas).

Para fins terapêuticos, a hipnose empregada é, via de regra, a
trofotrópica. Aqui o estado hipnótico se associa a grande bem-estar e
relaxamento, e tradicionalmente imputa-se predominância da atividade
do sistema nervoso autônomo parassimpático.

Tal pode ser induzido através de uma infinidade de técnicas, tendo
todas elas em comum a concentração da atenção, que pode ser em
algo externo como um objeto ou o operador, ou algo interno, como uma
sensação, função orgânica ou pensamento.

A técnica mais conhecida seja talvez a Fixação do Olhar (método de
Braid). Como objeto de fixação podem ser usados os olhos ou o dedo
do operador, canetas, luzes, pêndulos ou quaisquer outros. Foi tornado
clássico em filmes e desenhos animados o cartão com espirais que, ao
ser girado, causa uma ilusão que ajuda a fixar a atenção, cansa o olhar
e pode até provocar uma ligeira tontura.

Sugestões verbais são associadas a quase todas as técnicas,
descrevendo as sensações do paciente, preparando-o e eliciando as
respostas desejadas. Ou ainda sozinhas, como Indução de
Relaxamento, uma porta fácil e confortável para o fenômeno hipnótico.

Os estímulos que levam a hipnose devem ser, via de regra,
monótonos, rítmicos, débeis e repetitivos. Tal é a entoação da voz do
hipnólogo. E assim também em outros métodos, como o uso do
Metrônomo (aparelho que marca o tempo para exercícios de música)
ou Visualizações (como coisas que vão e vem repetidamente).

Em Técnicas não-verbais de indução, freqüentemente são
espelhados atos inconscientes do paciente (como a respiração e o
piscar) por tempo suficiente para que se estabeleça uma forma de
vínculo entre o paciente e o hipnólogo. Este último por sua vez entra
em transe, no que é acompanhado pelo paciente.

Ações ideomotoras (como a técnica de levitação das mãos de
Erickson), ocorrem quando o corpo responde a uma idéia com
movimentos involuntários, e é ao mesmo tempo um fenômeno e uma
forma de indução de hipnose.
Para passar o paciente do sono fisiológico para hipnose, empregase
a Técnica sono-hipnótica.

Narco-hipnose ou hipnotizar o paciente através do uso de drogas
caiu em desuso porque não há nenhuma droga que facilite ou melhore
a hipnose. Em medicina, são denominados medicamentos hipnóticos
aqueles que induzem o sono, porém estes não guardam qualquer
relação com a hipnose.

Brain Wave Stimulator é um aparelho semelhante a óculos que
produz um estímulo luminoso sincronizado com a produção espontânea
de ondas alfa no cérebro. Percebe-se com isso uma estimulação da
produção de tais ondas, típicas do estado hipnótico. Esse aparelho vem
sendo utilizado como método indutor com sucesso.
Há ainda muitas outras técnicas, e esta pequena relação não é de
maneira alguma uma tentativa de limitar ou descrever as diversas
formas de linguagem e como elas podem afetar a consciência.
O fenômeno mais significativo e, segundo alguns, indispensável
para a produção de hipnose é o rapport, que é um estado de harmonia
e interação entre paciente e hipnólogo. Esse estado pode aparecer
espontaneamente, e é observado em várias situações em que esteja
ocorrendo comunicação eficiente, como entre amigos em conversa
animada, ou entre médico e paciente. É caracterizado por evidências
conscientes e inconscientes de cooperação e entendimento.

Continua...

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