quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hoje é dia de falarmos de Hipnose

APLICAÇÕES DA HIPNOSE
Segundo a própria Organização Mundial da Saúde, a grande maioria

das doenças têm origem psicossomática, isto é, começam a partir de
desequilíbrios emocionais que vão afetar o corpo físico.

Como já foi explicado anteriormente, a imaginação e as emoções
causam no organismo reações muito maiores que a própria vontade.


Antes de uma prova importante, como o vestibular, muitas pessoas vão
apresentar desarranjo nas funções intestinais, porque para elas a
expectativa acelera o movimento dos intestinos. Outras podem reagir
diferentemente, como as pessoas que ficam obstipadas ao viajar, como
se a função intestinal estivesse inibida longe de casa. E assim é com
vários outros órgãos, aparelhos e sistemas do organismo.


Os fenômenos que parecem guardar maior relação com a gênese
das doenças são as alterações do Sistema Imunológico e as alterações
do Tônus Vascular.


O Sistema Imunológico é o responsável pelas defesas do
organismo, e é extremamente complexo nas relações entre os seus
diversos componentes. Leucócitos e subtipos, tecido linfóide, baço,
timo, complemento, citocinas, prostaglandinas, histamina e vários
outros mediadores químicos. Teorias e tratados médicos tentam
explicar seu funcionamento e reações, e ainda permanece um campo
de estudos fascinante. É sabido, porém, que a mente influencia o
funcionamento das defesas do organismo. Tristeza faz adoecer,
possivelmente ao inibí-las. Ao contrário, fé e determinação predispõem
à recuperação. Mesmo a infecção mais grave começa com uma
pequena contaminação, e o próprio câncer com uma única célula
alterada.


Se você ficar assustado, seu rosto ficará pálido. Em qualquer
situação embaraçosa, corado. E da mesma forma no resto do corpo o
afluxo de irrigação sanguínea aos tecidos é determinado por diversos
mecanismos diferentes de regulação. Alguns são funcionais, como o
aparelho digestivo que durante o processo digestivo necessita de maior

perfusão sanguínea, ou os músculos que ficam túrgidos de sangue
durante o exercício. O stress e a ansiedade, entre outros mecanismos,
desencadeiam a produção endógena de catecolaminas que vão
aumentar a pressão arterial, a freqüência cardíaca e contrair os vasos
sanguíneos das vísceras. Tensão e traumas emocionais podem se
refletir como contraturas musculares localizadas que podem estrangular
a circulação em certos pontos. Sangue é vida. A circulação sanguínea
leva aos tecidos oxigenação, nutrientes e elementos do sistema
imunológico, e traz de volta para depuração toxinas e produtos da
excreção celular e metabolismo (radicais livres, por exemplo). É natural
e fundamentado acreditar que um órgão com déficit crônico de
circulação sanguínea se torne predisposto a adoecer.


Outro aspecto, este já bastante estudado, mas não esgotado, é a
maneira como os hábitos de vida afetam a saúde. Tabagismo,
sedentarismo, alimentação desregrada, uso abusivo de bebidas
alcoólicas, posturas inadequadas. Viver errado, desrespeitar o corpo
(que pode ser entendido como não amar o corpo), também levam a
adoecer.


O descrito acima é apenas uma breve fundamentação para explicar
como é possível a saúde mental influenciar a saúde física. Claro que
tudo é muito mais complicado do que isso. Sempre é. Já há muito
conhecimento acumulado nessa área, que só vem a somar, e não a
confrontar os estudos convencionais das outras especialidades
médicas.


A pessoa que está desatenta e predisposta à auto-agressão por
haver, digamos, brigado com os filhos, e vem a bater o carro. Quebra a
perna. Ainda vai precisar de raios X, imobilização e eventualmente
cirurgia muito mais do que de suporte psicológico.


A hipnose, que isso fique muito claro, é apenas mais um recurso
para promoção e restabelecimento da saúde.


Situações há em que ela é a primeira escolha no tratamento de
certa patologia. Em outras ela deve ser associada a outros tratamentos,
como medicações, por exemplo. Em ainda outras situações o papel
reservado à Hipnose deve ser o de aliviar sintomas.

A seguir estão relacionados diversos usos da

hipnose, selecionados a partir de minha experiência pessoal e da
literatura. Estão divididos, embora os limites sejam muitas vezes
imprecisos, entre aplicações médicas, psicológicas e odontológicas.

Em qualquer destas indicações, o tempo de tratamento e o sucesso,

ou não, são influenciados por diversos fatores: as patologias em si são
umas mais e outras menos passíveis de serem tratadas com hipnose; o
nível de transe e os fenômenos que podem ou não serem
desencadeados em determinado paciente; o envolvimento do paciente
com o tratamento, e, principalmente, os laços emocionais e sociais que
prendem o paciente a um sintoma ou patologia.


Como em todas as atividades humanas vitoriosas, não há milagres
ou magia. Há apenas que colher os frutos de um trabalho árduo e
persistente.


Aplicações Médicas


Muito do que o médico faz, mesmo que não tenha formação ou
conhecimentos sobre hipnose, é empregar de influência psicológica
sobre o paciente.


Mesmo nos incrédulos dias de hoje a figura do médico se associa ao
arquétipo do mágico, curandeiro e possuidor de conhecimentos
secretos. As pessoas buscam seu conselho em momentos de aflição e
sorvem suas palavras como vaticínios sobre seus destinos e caminhos.


As roupas brancas, o instrumental de exame médico, o vocabulário
diferenciado e a postura sóbria e segura que se espera de um bom
médico impressionam e revestem de importância seus atos e palavras.


Em qualquer consulta médica bem-sucedida verifica-se o aparecimento
de rapport. Tanto que muitos pacientes referem melhora apenas com a
presença e atenção do médico.


Os conselhos e orientações médicas são como que sugestões póshipnóticas,
bem como as informações sobre o prognóstico da doença,
que podem motivar o paciente para melhora ou mesmo piora. Substituir
a palavra médica de poder que pode ser instrumento terapêutico por
meras informações científicas inúteis ao leigo é desprezar o valor
histórico da função médica.


O médico que mostra segurança e autoridade quanto ao diagnóstico
e à efetividade do tratamento proposto muitas vezes está fazendo maior
bem do que a própria ação química do medicamento seria capaz.

Doenças Funcionais


Há um grande número de doenças em que não há exatamente lesão
ou comprometimento da estrutura de determinado órgão. Há
aparentemente um desvio ou desregramento da função, motivo pelo
qual estas doenças são conhecidas como doenças funcionais.


Este é o grupo de doenças em que a utilização da hipnose está
melhor indicado, chegando a apresentar excelentes resultados, que vão
do controle ou alívio dos sintomas até a cura.


Essas doenças estão no escopo de todas as especialidades
médicas, e a lista abaixo exemplifica algumas dessas situações.


Neurológicas: enxaquecas e outras cefaléias crônicas; certas
vertigens e tonturas; gagueira (tartamudez); tiques; zumbidos (tinnitus).


Aparelho Digestivo: gastrites; dispepsias; obstipações; certas
diarréias crônicas (Síndrome do Cólon Irritável); refluxo
gastroesofágico; halitose.


Aparelho Respiratório: asma brônquica; rinites alérgicas; roncos;
apnéia do sono.


Aparelho Genitourinário: enurese noturna (urinar na cama);


incontinência urinária; disúria funcional; dismenorréia; tensão prémenstrual;
impotência psicológica; frigidez; vaginismo; ejaculação
precoce; diminuição do libido.


Sistema Tegumentar (pele): urticária e outras alergias; doenças de
pele associadas a fatores emocionais.


Aparelho cardiovascular: hipertensão arterial (essencial); certas
arritmias cardíacas.


Doenças Orgânicas


Neste grupo incluem-se as doenças em que existe lesão estrutural
em certo órgão ou infecção por algum dos diversos tipos de organismos
patogênicos.


Aqui onde há dano estrutural estabelecido a hipnose pode ser um
tratamento adjuvante, isto é, auxiliar ao procedimento cirúrgico ou à
terapia medicamentosa indicada.

O emprego de técnicas hipnóticas pode ser extremamente benéfico

ao paciente para o alívio de sintomas, reduzindo a necessidade do uso
de medicações sintomáticas e seus efeitos colaterais. Sintomas como
náuseas e vômitos, dores agudas e crônicas, astenia (fraqueza),
inapetência (falta de apetite) e outros podem ser controlados com o uso
da hipnose e da auto-hipnose.


A prática da hipnose também pode predispor o organismo como um
todo para a cura, ao estimular os recursos de defesa do próprio corpo
do paciente.


Obviamente não se indica a hipnose como tratamento isolado ou
principal para doenças graves como o câncer. O paciente portador de
câncer, entretanto, que receber treinamento em hipnose, pode precisar
de menores doses de medicação analgésica, controlar melhor os
efeitos adversos dos tratamentos quimio e radioterápico, ter melhor
apetite e disposição geral, além de uma postura mais positiva frente à
doença e seu tratamento.


Analgesia de Dores Agudas e Crônicas


Toda dor tem dois componentes: um físico, devido à estimulação
das terminações nervosas pela lesão tecidual, e um psicológico, que
modula a percepção desta dor, freqüentemente amplificando a
intensidade da mesma.


Outros fatores, como ganhos emocionais ou sociais secundários à
dor e à doença podem perpetuar a sintomatologia mesmo quando o
componente físico já está solucionado.


É de domínio público a noção de que a dor é afetada pela situação.


Quanta dor alguém conseguiria sentir ao ver um filho precisando de
socorro, ou ao fugir de um leão faminto?


Aprender hipnose pode ajudar o paciente a conseguir alívio e
redução das doses de analgésicos. Em muitos casos, a hipnose isolada
soluciona o quadro álgico. A analgesia obtida com hipnose é efetiva
para todos os tipos de dor.


Lombalgias e outras dores de coluna, LER/DORT, fibromialgia,
causalgias, dor pélvica crônica, cervicobraquialgias, neuralgias como a
do trigêmio e ainda outras síndromes dolorosas respondem muito bem
à hipnose.

Anestesia para Procedimentos Cirúrgicos


Na literatura médica há muitos relatos de cirurgias até de grande
porte as quais foram realizadas com anestesia puramente hipnótica.


Em nosso meio tais estudos estão se iniciando e várias pequenas
cirurgias já foram efetuadas tendo a hipnose como método único de
anestesia.


Embora não existam estatísticas neste sentido, e os resultados
provavelmente variem muito para cada profissional, de minha
experiência pessoal, depreendo que aproximadamente 70% dos
pacientes em um grupo consigam produzir a anestesia necessária para
submeter-se confortavelmente a cirurgias de pequeno porte. Para as
cirurgias de médio a grande porte é impossível fazer estimativas, uma
vez que ainda não se incluem em minha experiência. Importante
considerar, entretanto, que dos tecidos sensíveis à dor, a pele é o mais
sensível, especialmente nas regiões mais ricamente inervadas, como
as extremidades dos dedos das mãos e dos pés, e que os pacientes
que não sentem dor ao submeter-se a cirurgias nestas regiões, em
teoria estariam aptos a submeter-se a qualquer tipo de cirurgia.


Mesmo que a anestesia química seja empregada, o
condicionamento prévio do paciente com hipnose certamente reduziria
em muito as doses de medicação a serem utilizadas.


Obviamente a anestesia com hipnose é um método experimental
que não substitui a anestesia convencional. Há considerações e
questionamentos a serem feitos. Estudos e experiências. A anestesia
química é efetiva em todos os pacientes. Não sem complicações:
toxicidade das medicações, reações alérgicas e variações nas
respostas individuais às drogas, acidentes no controle das vias aéreas,
laceração de meninges e raízes nervosas, lesões de plexos e nervos
periféricos, necessidade de cuidados especiais na recuperação pósanestésica,
dor relacionada ao próprio procedimento anestésico, como
na punção lombar e outros. A conclusão é que a anestesia hipnótica
merece estes estudos para que, se comprovada sua efetividade, seja
mais um recurso à disposição do anestesista para beneficiar seu
paciente.


Além da anestesia há outros fenômenos hipnóticos que podem ser
úteis durante uma cirurgia. É possível o controle do posicionamento do
paciente e do nível de relaxamento muscular mediante
sugestionamento. Também é interessante mencionar que o paciente
em hipnose sangra muito menos, e que a hemostasia (controle do

sangramento) pode ser realizada muito mais facilmente.


Pode-se optar em certos pacientes mais responsivos entre mantêlos
adormecidos, acordados e colaborativos, ou em estado dissociado
(imaginando que estão fazendo outras coisas).


O paciente pode ser acordado imediatamente após a cirurgia e a
analgesia pós-operatória pode ser efetuada também com hipnose.


Conforme mencionado no capítulo III, Esdaile em suas cirurgias já
percebeu evidências de redução das complicações e mais rápida
recuperação nos pacientes operados sob hipnose.


Atualmente, os maiores especialistas em anestesia com hipnose são
odontólogos, em cuja área de atuação a hipnose encontra-se mais
difundida. Tal fato será exposto mais longamente em momento
oportuno.


Hipnose em Obstetrícia


A obstetrícia é a área da medicina que mais vem utilizando hipnose,
com resultados excelentes.


A hipnose é útil em todas as fases da gestação, com benefícios para
a mãe e o feto. Mesmo a futura mãe pouco responsiva à hipnose vai
beneficiar seu filho nos momentos de relaxamento, nos quais há um
incremento da circulação placentária, o que por si só já indicaria o seu
emprego.


Freqüentemente, porém, há vantagens ainda maiores a serem
obtidas:


-controle da hiperemese gravídica (vômitos da gravidez);


-alívio das dores lombares;


-maior disciplina na alimentação evitando ganho excessivo de peso;


-profilaxia da DHEG (doença hipertensiva da gestação);


-melhora da labilidade emocional associada à gravidez;


O parto é uma função fisiológica normal. Durante o parto a hipnose
pode ajudar:


-promovendo analgesia, relaxamento muscular e tranqüilidade (parto


sem dor);
 
-diminuindo a incidência de distócias e outras complicações;



-ao reduzir a ansiedade, facilita a circulação e oxigenação do bebê,
que nascerá róseo e corado (reduz o sofrimento fetal no parto).


Ainda durante o parto, o que ocorre normalmente é a contração
uterina e expulsão do feto contra um períneo retesado e contraído,
levando invariavelmente a roturas que são evitadas através da
episiotomia (corte que o médico faz no períneo). Em pacientes
selecionadas, em que se obtém relaxamento ótimo do períneo, estes
cortes se tornam desnecessários.


O controle do sangramento uterino e a analgesia pós-parto podem
ser efetuados com hipnose.


Após o parto, pode-se estimular a lactação e utilizar a hipnose como
profilaxia da depressão pós-parto.


A favor do emprego da hipnose ainda pesam outras situações, como
o fato de que muitas das medicações administradas à mãe, como
sedativos e analgésicos, atingem o bebê, pela placenta ou mais tarde,
pela amamentação. Os procedimentos atualmente empregados em
analgesia de parto, como o catéter epidural, apresentam certo
desconforto e não são isentos de complicações.


Muitos obstetras já têm empregado a hipnose, beneficiando muitas
gestantes e nascituros.


Tratamento da Insônia


Embora a hipnose seja diferente do sono, é realmente muito, muito
fácil passar do estado hipnótico para o sono fisiológico. Por esse
motivo, produzir condicionamentos hipnóticos ou ensinar auto-hipnose
ao paciente podem efetivamente resolver ou melhorar muito sua
qualidade de vida.


O sono tem uma arquitetura toda especial, e é constituído de
diversas fases, todas essenciais e indispensáveis para a recuperação
do desgaste diário das funções mentais e do organismo como um todo.


Os medicamentos para dormir afetam sempre negativamente esta
arquitetura, diminuindo a qualidade do sono. Eles freqüentemente
também viciam, ao induzir tolerância e dependência. São ótimos
medicamentos, quando bem indicados pelo médico e com
acompanhamento e reavaliação freqüente.

A hipnose, entretanto, é obviamente mais natural e preferível aos

medicamentos naqueles pacientes que forem responsivos. E serão
muitos.


Outros distúrbios do sono também podem ser tratados com hipnose:


-falar dormindo;


-andar e fazer coisas dormindo (sonambulismo);


-pesadelos;


-bruxismo (ranger os dentes enquanto dorme);


-terror noturno (acordar gritando);


-roncos e apnéia do sono (em certos pacientes);


-alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas.


Tratamento da Obesidade


Não se perde peso da noite para o dia. Pelo menos não sem impor
riscos e agredir o organismo com cirurgias desnecessárias, dietas
rigorosas e prejudiciais ou medicamentos perigosos. E mesmo assim
tais resultados raramente são duradouros.


As diferenças entre uma pessoa obesa e uma magra vão muito além
do que a balança e o espelho registram.


O tratamento baseado em hipnose propõe uma reestruturação da
personalidade, na qual magreza e elegância acompanham mudanças
profundas e definitivas na relação do indivíduo com o mundo.


Há que se diferenciar e tecer comentários sobre a obesidade
mórbida. Esta entidade é um aumento tão acentuado de peso, em que
ocorre um comprometimento do aparelho cardiovascular e risco de vida
ao paciente. Para o tratamento desta doença tem sido empregado nos
últimos anos tratamento cirúrgico que vem mostrando excelentes
resultados. A capacidade do estômago é reduzida e eventualmente
segmentos do intestino são ressecados. Essa cirurgia salva vidas. Esse
paciente, entretanto, vai passar por mudanças drásticas em sua vida e
na sua imagem corporal, e necessita de apoio e suporte psicoterápico,
que pode envolver hipnose com grandes benefícios.


O que preocupa é a realização deste procedimento drástico por
motivos estéticos e muitas vezes fúteis, o que vem acontecendo com
cada vez maior freqüência. Efeitos secundários graves, como
incapacidade de eructação, necessidade de alimentação fracionada em

pequenas quantidades, desnutrição e outros. Riscos de complicações
associadas à cirurgia, como infecções e acidentes no procedimento
anestésico. Profissionais motivados pelo lucro e que cometem infração
ética. Como cometem infração ética ainda outros, ao prescrever
fórmulas contendo altas doses de anfetaminas, hormônios tireoideanos,
diuréticos, laxantes e calmantes, com prejuízos à saúde física e mental
de seus pacientes, por vezes definitivos. E ainda cirurgiões plásticos
que realizam cirurgias desnecessárias, às vezes várias em um único
paciente, que na verdade necessitava de suporte psicológico para
melhorar a auto-estima, tratar neuroses ou aceitar a progressão
inexorável do tempo, aproveitando cada fase da vida como ela é.


A função do médico é dar ao paciente o que ele precisa, a partir de
um diagnóstico, e não o que o paciente deseja.


Mas quase todas as vezes saúde e beleza andam lado a lado.


Um corpo saudável e exercitado vai exibir músculos e formas
graciosas, e não acúmulo de gordura. Uma pessoa equilibrada vai
desfrutar de tudo que a vida oferece sem exageros ou compulsões. Vai
sentir prazer com a atividade física e o movimento. E a vaidade natural,
o desejo de parecer belo aos semelhantes, é uma aspiração legítima
desde que temperada com amor e respeito ao corpo, e não com
desespero.


Através do emprego de técnicas hipnóticas é possível estimular e
desenvolver comportamentos que levem em direção a um
aprimoramento do corpo.


Pode-se reestruturar a interação entre o indivíduo e sua
alimentação, promovendo alterações saudáveis na qualidade e
quantidade. Pode-se também estimular a prática desportiva, com
assiduidade, envolvimento e prazer. O organismo pode ser predisposto
a mudanças e ao emagrecimento.


Muito importante para quem realmente quer mudar é a melhora da
auto-estima e o estudo dos laços sociais e familiares e da função da
obesidade (sim, função) nas suas estratégias e relacionamentos.


Quando a pessoa muda o corpo, ela também muda
psicologicamente e o mundo em que ela vive muda, passando a
responder de maneiras diferentes a ela agora que ela é magra. E mais
atraente. Corpo tem tudo a ver com sexo. Ser gordo é uma maneira de
lidar com sexo. E aqui entram tantas variações individuais quanto os
tons da cor do mar.
 
O fato é que uma pessoa obesa talvez suporte situações que não

vai precisar suportar quando for magra. Mas quando for magra vai ter
de lidar com outras coisas.


Ela vai mudar física e psicologicamente. Laços vão se romper. Vão
se abrir possibilidades. Muitos se assustam e preferem ficar onde
estão.


A hipnose também não vai fazer você perder peso da noite para o
dia. Na verdade não vai fazer nada por você, ou no seu lugar. A
hipnose é um recurso efetivo como suporte e auxílio à sua decisão
inflexível de modificar hábitos e assumir a responsabilidade pelo seu
destino.


Muitos pacientes realmente conseguem, aprendendo hipnose e
exercitando a persistência, ganhar uma figura mais elegante e esbelta –
passaporte para um mundo de possibilidades.
 
Continua na proxima semana...

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